Pepe recorreu às redes sociais, esta quinta-feira, para confirmar o seu 'adeus' aos relvados, aos 41 anos, sensivelmente um mês após a eliminação de Portugal no Euro'2024, aos pés de França (0-0, 5-3 após grandes penalidades), tratando-se precisamente daquele que foi o seu último jogo da carreira, marcado por muitas lágrimas no ombro de Cristiano Ronaldo. Sobre esse momento, o ex-defesa do FC Porto não conteve a emoção e justificou o contexto que o levou a demonstrar um "sentimento de impotência".
"Lágrimas? Foi de impotência porque eu acreditava muito que íamos ganhar esse Europeu. Sonhava que ia ganhar, pelo grupo que tínhamos, pelos jogadores que tínhamos. Como mais velho, sentia a paixão que os meus companheiros tinham. O trabalho deles foi incrível. Foram lágrimas de impotência por não corresponder aos portugueses e pela expectativa que eles criaram em nós", começou por dizer.
"Aquela parte de saber que era o meu último jogo e que não ia ter outra oportunidade de poder dar essa alegria aos portugueses. Era o meu objetivo quando me naturalizei, sabia que ia terminar ali, que não teria outra oportunidade de dar alegrias ao nosso povo. Senti essa impotência nesse momento, mas agradeço a todos os portugueses que acreditaram na nossa equipa", acrescentou de seguida.
"Nós, jogadores, falávamos que tínhamos uma grande seleção, um grande espírito. Tínhamos todas as condições para poder ganhar o Europeu. Tive a oportunidade de falar depois desse jogo e disse que o futebol é isso. Quatro dias antes tínhamos tido uma alegria enorme nos penáltis, quatro dias depois terminou esse sonho de poder dar, na minha última competição, dar alegria ao povo que me deu tanto. Foram as lágrimas por sentir que não dei essa alegria aos portugueses", completou sobre o assunto.
Ao longo de toda a carreira, Pepe fez um total de 895 jogos, 141 dos quais com a camisola da seleção das quinas, pela qual marcou oito dos 51 golos nos últimos 23 anos.
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