O presidente interino do Comité Olímpico Internacional, Ammar Brahmia, concedeu, este sábado, uma extensa entrevista à estação televisiva francesa RMC Sport, na qual levou a cabo uma apaixonada defesa a Imane Khelif.
A pugilista de 25 anos de idade é a nova campeã olímpica da categoria de até 66kg, depois de ter derrotado, na final, a chinesa Yang Liu, mas o dirigente lamenta a forma como foi tratada, face à desqualificação dos Campeonatos do Mundo, por ter falhado no exame de género da Federação Internacional de Boxe (IBA).
"Todos os argelinos estiveram com ela, porque acreditam que foi injustiçada, quando foi excluída dos Campeonatos do Mundo, em Nova Delhi, em março de 2023. A IBA, simplesmente, mudou as regras a meio", começou por afirmar.
"Os argelinos queriam que os direitos da Imane fossem restituídos, porque ela é uma mulher. Tudo bem, temos de acabar com esta história. Há pessoas como Elon Musk, que não sabe nada de desporto, ou até Donald Trump, que interfere em questões que não lhe dizem respeito", prosseguiu.
"Estão a tentar provocar ruído ou prepara-se para eleições. Isto é inaceitável. Somos um Comité Olímpico que respeita as regras e decisões de quem rege o funcionamento de organização internacionais, mas também queremos ser respeitados. A nossa atleta não foi respeitada, foi atirada aos lobos", completou.
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