Sven-Goran Eriksson concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal britânico The Guardian, na qual abordou diversos temas, entre eles, o cancro terminal com o qual se viu obrigado a lutar, ao longo do último ano.
O antigo treinador, atualmente com 76 anos de idade, disse sentir-se, "até agora, um doente saudável", e não escondeu que o medo da morte é algo em que pensa, a espaços: "Bem, dizer que não a isso seria uma mentira, parece-me. Por vezes, isso passa-me pela cabeça, mas tento não pensar muito".
"Tento desfrutar das pequenas coisas muito mais do que desfrutava. De certa maneira, é claro [que mudou a forma como encara a vida]. Acordar, sentir-me bem, estar vivo... Desfruto muito mais disso do que há um ou dez anos", afirmou.
"A única coisa que sei é que todos vamos morrer, seja mais cedo ou mais tarde (...). Ontem, vi cinco jogos dos Jogos Olímpicos. Sim, vi-os todos na televisão. Sim, é uma obsessão. Sim, é uma droga. No Campeonato da Europa, vi todos os jogos", acrescentou, entre risos.
O sueco passou, ainda, a 'limpo' a extensa carreira, não esquecendo a passagem por Portugal: "O Benfica foi um grande salto. A Lazio foi um grande salto. Mas é claro que o maior trabalho que tive foi a seleção inglesa. Não vencemos nada, mas foi o ponto alto".
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