Carlos Carvalhal concedeu, este sábado, uma extensa entrevista ao podcast Footure, na qual abriu a posta a uma mudança para um clube do futebol brasileiro.

"Quando vou para qualquer país, até de férias, analiso o contexto, a cultura do próprio país, do clube e o melhor que ali foi feito durante os anos. No Brasil, devido à dimensão do país, há valores diferentes em locais diferentes. Tanto ao nível das estruturas dos clubes como também dos adeptos. É necessário termos todos esses dados devidamente identificados para não cometermos erros", começou por dizer o treinador português, que está sem clube desde que deixou o Olympiacos.

"O Brasil é um caso ‘sui generis’. Tem uma competição muito larga, com uma densidade competitiva muito grande e uma proximidade de jogos muito curta. Isto leva a que, na minha opinião, seja muito importante a escolha de um treinador para um clube. E quando se escolhe um treinador, temos de ter consciência de que não está a ser escolhido apenas um treinador. Está a ser escolhida uma pessoa, que tem ideias, que tem os seus valores humanos e culturais também. Logo, deve ser escolhido um treinador que se adeque às ideias e exigências do clube. Depois disso, dar-se-lhe todas as condições para realizar o seu trabalho. Uma época é uma maratona. Tenho seguido muito o campeonato brasileiro e julgo que os clubes que têm tido sucesso são aqueles que têm tido estabilidade emocional", prosseguiu o treinador bracarense.

"Com um com critério, com uma boa escolha num treinador que pense no futuro do clube, eu creio que as equipas andarão numa linha ascendente. poderão ter uma quebra, mas voltarão à linha ascendente sem grandes oscilações. No meu caso, é público que já tive muitas oportunidades para ir para o Brasil, mas não estavam reunidas as condições para eu ir para lá. Agora, penso que podem estar definitivamente reunidas as condições para eu poder entrar no campeonato brasileiro", finalizou.

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