Análise: "A primeira parte foi intensa e competitiva, com uma equipa que procurou o jogo homem a homem. Tornou-se difícil ter bola. Não estávamos assertivos na tomada de decisão. Tínhamos espaço e falhámos mais passes do que é costume, contra uma equipa forte e atlética, que tentou reentrar na eliminatória. Perdemos alguns duelos, mas o jogo esteve sempre equilibrado e controlado".

Reação após intervalo: "Melhorámos um ou outro posicionamento na segunda parte. Estávamos a correr demais na primeira. O Manu [Silva] e o Nuno [Santos] melhoraram na segunda parte. Depois do golo, o Zurique arriscou e nós tomámos decisões mais simples, com espaço. Procurámos mais vezes os corredores em vez do meio, onde as perdas de bola poderiam ser perigosas. Com o passar do tempo, conseguimos equilibrar, ser nós próprios e ganhar o jogo com todo o mérito".

Dinâmicas na equipa: "A equipa está a acreditar no processo de jogo. As vitórias dão confiança, e tudo se torna mais fácil. Se continuarmos coesos com bola e sem bola, vamos ser uma grande equipa. Queremos ganhar muitas vezes, até pela história do nosso clube, pela presença 'em grande' dos nossos adeptos [21.196 espetadores]. Vamos precisar deles no futuro. Espero que estejam em massa no jogo com o Estoril Praia no domingo e com o Zrinjski Mostar [na quarta-feira]. Não entro em euforias. Quando as coisas não correrem tão bem, serei o mesmo treinador e eles os mesmos jogadores, desde que mantenham o compromisso".

Possibilidades europeias: "Não olho para onde pode chegar o Vitória. Olho para o próximo jogo e quero vencer. Primeiro quero ganhar domingo. Não penso já no adversário seguinte [Zrinjski Mostar]. Mas se não chegarmos à fase de grupos da Liga Conferência, ninguém se vai lembrar que começámos a época com cinco vitórias. Temos de saber lidar com a responsabilidade destes resultados, mas sou muito equilibrado. Não penso a longo prazo. No futebol, tudo muda do dia para a noite. Se falharmos a fase de liga da Liga Conferência, passamos de 'bestiais a bestas'. Felicito o João Mendes, um jogador que vai ser importante no futuro, e o Telmo [Arcanjo], que vem de um 'calvário' de uma época [sem jogar devido a lesão] e que tem estado competitivo e intenso nos treinos".

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