Valentina Petrillo promete ser um dos nomes mais badalados de Paris'2024, uma vez que irá ser a primeira atleta transgénero da história a participar em Jogos Paralímpicos. Ainda assim, a própria garante estar preparada para o que aí vem.
Numa extensa entrevista concedida, esta terça-feira, ao portal espanhol Relevo, a italiana (que sofre da Doença de Stargardt, um tipo de distrofia macular hereditária) diz estar habituada a "conviver com a inveja e os ciúmes das pessoas", pelo que deixou uma certeza: "Aquilo que faço é real, por isso, não tenho nada a temer".
"Mal posso esperar por estar em Paris e correr naquela linda pista, à frente de todo aquele público entusiasta. Penso que haverá muito mais carinho para comigo do que posso imaginar", afirmou a velocista de 50 anos de idade, que competirá nos 100 e nos 400 metros T12.
"É justo que cada um de nós possamos expressar-nos no nosso próprio género. O desporto deve ensinar-nos o valor da inclusão, e isto é fundamental para a felicidade das pessoas (...). Posso ganhar uma medalha, mas tenho de dar o meu melhor", prosseguiu.
"Aprendi a deixar passar o que não posso controlar. Agora, sou mais forte psicologicamente do que há algum tempo, e isto também se deve ao apoio do meu psicólogo. As pessoas criticam sempre, por qualquer motivo, e, no meu caso, é ainda mais provável que o façam", concluiu.
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