Aos 21 anos de idade, Faye Rogers atingiu aquele que é, para já, o mais ponto alto da carreira, ao conquistar a medalha de ouro na prova dos 100 metros mariposa, na vertente S10, nos Jogos Paralímpicos, que decorrem na capital francesa de Paris.
Este foi, de resto, o culminar de um percurso que começou há três anos, quando sofreu um grave acidente de viação, um dia antes de começar a trabalhar com o novo treinador, Patrick Miley, na esperança de entrar na equipa olímpica de natação, modalidade que praticava já desde os nove anos de idade.
Em entrevista concedida à estação televisiva britânica BBC, a paratleta natural de Aberdeen, na Escócia, não escondeu a emoção com o feito: "É inacreditável. Passaram-se três anos desde o meu acidente, e é um círculo maravilhoso".
"Ter ouvido que nunca mais poderia voltar a competir, ou até a nadar decentemente, enquanto alguém cuja vida andava à volta da natação, foi muito, muito complicado. Estou muito orgulhosa de mim mesma por ter dado a volta", começou por afirmar.
"O meu treinador, Patrick Miley, desempenhou um papel enorme. Apoiou-me desde o primeiro dia. Tive de ligar ao Patrick do hospital, depois do acidente, e, na verdade, nunca sequer tinha trabalhado com ele", prosseguiu.
"Estava muito ansiosa, porque não queria desiludi-lo. Não sabia bem o que dizer, e ele não podia ter-me apoiado mais. Partimos daí em diante, e os meus pais e toda a família nunca deixaram de apoiar-me", completou a agora campeã paralímpica.
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