João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica, criticou esta sexta-feira a venda de João Neves ao Paris Saint-Germain no último mercado de transferências, considerando que o jovem devia ter visto o contrato renovado e ter sido nomeado capitão.
"Posso assegurar que não [teria vendido João Neves]. Era mais que um jogador do Benfica. Chegámos ao ponto de ter um jogador que é a maior marca identitária a dizer que não queria sair do clube. Porque é que ele sai do clube? Não quero falar da comunicação do clube, que não existe, é inexistente, está morta. O jogador é desnecessariamente vendido, em muitos anos não víamos um jogador assim. Respira Benfica, era o último a ter de sair", frisou o advogado, na apresentação da candidatura que teve lugar esta sexta-feira num hotel do centro de Lisboa, junto ao Marquês de Pombal.
"Tinha de ser aumentado, nomeado capitão. Nasceu para ser líder do Benfica e tiraram-lhe essa hipótese. Sou contra o mercantilismo puro do Benfica hoje em dia. Os chavões, como o de haver necessidade de vender jogadores… como? Não há projeto desportivo. O interesse atualmente não é reter talento, é fazer negócio, é mercantilismo. Benfica não é isto, sempre foi campeão com jogadores da formação", vincou ainda.
João Diogo Manteigas prometeu também uma limpeza dos atuais elementos da direção de Rui Costa caso vença as eleições.
"Não há lugar para ninguém da atual Direção e Administração do clube. Não é satisfatório o que andam a fazer com o Benfica. Não há lugar para nenhum deles. É a minha visão, tenho a certeza que nas eleições em outubro os sócios vão tomar conta do clube e, nessa altura, sai essa gente toda", vincou, garantindo confiar em Bruno Lage.
"Bruno Lage tem contrato, não é administrador, é assalariado. Se tiver sucesso, porque não deixar à frente, no ano seguinte, um treinador que ganhou tudo? Temos de ganhar tudo, exigimos isso. Administradores é uma questão diferente", finalizou.
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