Em declarações à BBC, Gaute Haugenes, que treinou o Fulham entre 2001 e 2003, explicou que a equipa técnica estava ciente de que o falecido magnata egípcio, também proprietário da Harrods, "gostava de raparigas jovens e loiras".
Como medida de precaução, os treinadores proibiram as jogadoras de estarem sozinhas com Al Fayed, antigo patrão do clube, falecido em agosto de 2023.
Na sexta-feira, o clube do oeste de Londres mostrou-se "profundamente preocupado" num comunicado sobre relatos do comportamento de Al Fayed como predador sexual em relação às trabalhadoras do Harrods.
Embora não tenha havido queixas até agora dentro do Fulham, um grupo de advogados que defendem as vítimas do empresário disse, na sexta-feira, numa conferência de imprensa, que é provável que tenha havido mais mulheres que tenham sofrido agressões sexuais noutras áreas.
Os advogados disseram que o falecido bilionário "era um monstro" que foi ajudado por "um sistema interno estabelecido" na Harrods, a luxuosa loja comercial em Londres de que foi proprietário entre 1985 e 2010.
Estes advogados promoveram uma conferência de imprensa, juntamente com uma das ex-funcionárias denunciantes, depois de vinte terem revelado os abusos a que foram sujeitos num chocante documentário transmitido na quinta-feira pela BBC.
Os atuais proprietários do Harrods disseram-se "absolutamente horrorizados" com as acusações e salientam que desde que começaram a surgir, em 2023, estabeleceram um sistema de compensação.
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