O Benfica divulgou este sábado, através da plataforma BPlay, uma extensa conversa entre os turcos Kokçu e Akturkoglu, na qual o extremo contratado este verão ao Galatasaray relembra o dia em que assinou contrato com o clube da Luz em pleno aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a escassos minutos do fecho do mercado de transferências.
"Foi tudo muito rápido. Num só dia. Assinei o contrato no aeroporto. E tinha de estar em Portugal antes da meia-noite. Fomos para o aeroporto, entrámos no avião e chegámos ao aeroporto [de Lisboa] exatamente às 23h45. Nesses 15 minutos assinei tudo. Depois disso, ficámos à espera no aeroporto uns 15, 20 minutos e, entretanto, chegou a notícia. Disseram-me: 'És oficialmente jogador do Benfica'. Abraçámo-nos. Mas enquanto esperava... As minhas mãos e pés tremiam. Pensei: 'Será que a transferência vai acontecer ou não?'. Em 10, 12 horas aconteceram as negociações com o voo de cinco horas já incluído", contou Akturkoglu.
O camisola 7 dos encarnados recordou ainda o primeiro jogo de águia ao peito diante do Santa Clara, no qual até marcou um golo.
"O primeiro jogo foi realmente incrível. Já costumava assistir a muitos jogos da Liga dos Campeões, quando via os jogos do Benfica... A águia, aquele ambiente... Isso tudo impressionava-me bastante. No primeiro jogo, quando saímos do balneário e entrámos no túnel, as luzes apagaram e ficou tudo vermelho... Tive mesmo arrepios naquele momento. São 60 mil pessoas, é vermelho por todo o lado", acrescentou.
Akturkoglu assume que sentiu o impacto da mudança, destacando a importância de Kokçu e Amdouni na sua adaptação.
"Mesmo com a tua companhia [Kokçu], estou a passar por alguns momentos difíceis. Por outro lado, tanto a tua presença como a do Amdouni, como falamos turco, ajudam a confortar. Torna-se difícil quando saímos da zona de conforto, mas aqui sinto uma atmosfera familiar. Senti que todos me acolheram com muita sinceridade, que me apoiavam e confiavam em mim", assegurou.
"Pressão? Estou habituado. Joguei no Galatasaray durante quatro anos, fui capitão. Tivemos dias bons e maus. Conheço a felicidade dos dias bons, mas também as coisas que acontecem nos dias maus. A pressão motiva-me ainda mais porque jogar futebol num ambiente sem pressão, pode fazer com que o jogador se desleixe com facilidade. Essa pressão deve existir, sem exagero, claro", finalizou.
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