Miguel Pinho, empresário da agência Position Number quebrou, esta quinta-feira, o silêncio, 48 horas depois de o Ministério Público ter emitido um despacho no qual o acusava e ao pai, Luís Miguel Pinho, de ter abordado Edgar Costa, antes de um Marítimo-Benfica.
Os dois agentes são suspeitos de ter proposto ao jogador "a oferta da quantia pecuniária de 30.000 euros para que, no jogo a decorrer no dia 8 de maio de 2016 entre a sua equipa e o Benfica, efetuasse uma prestação desportiva contrária aos interesses do Marítimo", que acabaria por sair derrotado, por 0-2.
No entanto, em comunicado enviado às redações, o próprio diz ser "absolutamente falso" que "tenha abordado qualquer jogador para qualquer efeito relacionado com a sua prestação profissional, e muito menos para falsear o resultado de qualquer jogo".
"É absolutamente falso que exista qualquer acusação criminal contra mim (...). O Ministério Público já deu como assente que não existe qualquer indício de que o Benfica me tenha pedido para contactar o jogador em causa, tendo já arquivado esse mesmo processo contra o Benfica", prossegue.
"O que parece restar (aparentemente, porque eu não fui notificado de nada) é uma investigação assente exclusivamente em declarações desse jogador, infelizes, contraditórias, e que só podem resultar de um equívoco, pois não têm apoio em qualquer outro indício ou prova", completa.
A terminar, o empresário promete "intentar um processo-crime por difamação a todos aqueles que erroneamente difundiram ou vierem a difundir" que foi "acusado da prática de um crime de corrupção", assim como a quem afirmou que recebeu "dinheiro do Benfica para contactar este ou qualquer jogador".
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