"Vão ser duas equipas diferentes em relação à pré-época. Nessa altura, havia muitas interrogações sobre vários jogadores da nossa equipa. Apesar de ter sido um jogo particular, [a goleada] não deveria ter acontecido", começou por dizer Biran Priske, em conferência de imprnsa.
Na antevisão ao encontro de quarta-feira, da terceira jornada da fase de liga, o técnico dinamarquês, que substituiu Arne Slot no comando do conjunto de Roterdão, disse que, desde a derrota por 5-0, em julho, no Estádio da Luz, foi "encontrada uma base e a equipa tem vindo a progredir".
"Entre a equipa que jogou aqui há três meses e no último jogo, no sábado, com o Go Ahead Eagles [vitória por 5-1, na Liga neerlandesa] mantiveram-se apenas dois jogadores e isso diz muito sobre o momento em que ocorreu aquele jogo na pré-época", salientou o técnico.
Contudo, Priske admitiu que o Feyenoord vai enfrentar "uma mão cheia de desafios" no Estádio da Luz, perante um Benfica que tem "um novo treinador, que trouxe ideias diferentes, uma nova vida à equipa e bom futebol".
"Destruiu completamente o Atlético de Madrid", frisou, antes de confessar o "enorme respeito pelo Benfica" e tecer elogios às 'águias': "Tem muita qualidade, não só individualmente, como coletivamente. São muito fortes nas bolas paradas, já marcaram vários golos dessa forma esta época".
Ainda assim, garantiu que o Feyenoord vai entrar na Luz com a intenção de "ferir o Benfica" e lutar pela vitória.
"Também teremos a oportunidade de os ferir. Na Liga dos Campeões, temos de lutar e queremos lutar com os melhores. Vimos aqui para jogar o nosso futebol e queremos vencer", disse o técnico do atual terceiro classificado da Eredivisie, a 11 pontos do líder PSV.
Já o avançado Igor Paixão, depois de ultrapassados os problemas iniciais com a tradução na conferência de imprensa, disse esperar "um grande jogo", em que o Feyenoord vai "lutar pelo resultado", perante um Benfica que possui "um ataque poderoso e experiente".
A cumprir a terceira temporada em Roterdão, o jogador brasileiro relembrou os tempos em que alinhou com o agora benfiquista Kokçu no conjunto neerlandês, pelo qual foram ambos campeões em 2022/23.
"Estou muito feliz por reencontrá-lo. Fomos campeões juntos no Feyenoord. Com o Aursnes não convivi muito, porque ele estava de saída quando eu cheguei. O Kokçu foi uma questão de adaptação. Saiu Dos Países Baixos e veio para Portugal. Precisava de tempo. Já se adaptou e está a dar alegrias aos adeptos do Benfica. Era uma questão de tempo, de evolução", comentou, relativamente aos problemas que o médio turco enfrentou na época de estreia em Lisboa.
Benfica, com duas vitórias em dois jogos, e Feyenoord, com um triunfo e uma derrota, jogam na quarta-feira, às 20:00, no Estádio da Luz, em Lisboa, num encontro que será arbitrado pelo turco Umut Meler.