Os bracarenses perderam por 2-1, na quarta-feira, em casa, com o Bodo/Glimt, para a Liga Europa, com o segundo golo dos noruegueses a chegar mesmo em cima do fim do jogo (90+4 minutos).
Foi a terceira derrota nos últimos quatro jogos do Sporting de Braga, desaires apenas entrecortados pela suada vitória na Taça de Portugal, diante do 1.º Dezembro, da Liga 3, por 2-1, com o golo do triunfo a chegar também no último lance (90+6).
A imprensa noticiou esta semana que o presidente António Salvador foi ao balneário deixar duras críticas ao plantel após o jogo europeu, mas Carlos Carvalhal não quis comentar a situação, notando que é uma questão "do foro interno" do clube.
"Fundamentalmente, a equipa sentiu a derrota [com o Bodo/Glimt], sentiu a injustiça do resultado. Tivemos 20 oportunidades de golo, na Liga Europa, e com 11 contra 10 tivemos quatro ocasiões claras. Cometemos erros que têm que se colmatar e a equipa está ávida de reagir", disse.
Ainda antes de qualquer pergunta, o treinador fez questão de pedir um "contexto altamente favorável" no estádio, sobretudo para os jogadores mais jovens e para ajudar a equipa a vencer a turma algarvia.
"A equipa tem demonstrado aqui e ali alguma imaturidade, sentiu muito a injustiça do último resultado, porque fez mais do que o suficiente para ganhar e está com muita vontade de reagir. Há muitos jogadores com 18 e 19 anos e é importante ter um contexto altamente favorável. Se, no final, as pessoas não gostarem do que viram, que se manifestem", disse.
O treinador considerou que esta é uma fase importante da época e rejeitou haver falta de atitude.
"Se se falar disso, falo do jogo com o Olympiacos, em que a atitude competitiva não foi a melhor. Agora, com o Bodo/Glimt e com o FC Porto, não tem a ver com atitude. Houve situações que marcam fortemente o jogo, que têm a ver com o foco, situações muito particulares, que são muito difíceis de trabalhar, [mas] temos que acabar com elas. Queremos mais foco, atenção, concentração e entreajuda entre os jogadores", reforçou.
Questionado sobre se os jogadores mais experientes, como Ricardo Horta, Zalazar ou João Moutinho, devem assumir mais a responsabilidade nesta fase, o técnico considerou que, "no geral, os jogadores podem fazer ainda melhor", mas deixou elogios ao melhor marcador de sempre dos 'arsenalistas'.
"O Ricardo [Horta] não tem feito golos, mas é o 'capitão' de equipa, um exemplo de abnegação, o que mais corre em cada jogo, sempre mais de 12 quilómetros. Dá muito à equipa e é uma questão de confiança para fazer golos, mas acredito piamente que amanhã [sábado] vamos ter um Ricardo mais confiante e a meter a bola na baliza", disse.
O treinador analisou ainda o momento de Zalazar e, questionado sobre a possibilidade de o internacional uruguaio jogar mais adiantado no terreno, notou que o posicionamento do jogador ao lado de João Moutinho diante dos noruegueses teve a ver com uma questão estratégica, missão que foi atingida, segundo Carvalhal, sobretudo no primeiro tempo.
"Não rematou à baliza? Há que compreender que vem de lesão, se fizesse este jogo daqui a 15 dias faria outro jogo", disse.
Robson Bambu e Arrey-Mbi são os únicos indisponíveis, por lesão.
Sporting de Braga, sexto classificado da I Liga, com 14 pontos, e Farense, 18.º e último, defrontam-se a partir das 15:30 de domingo, no Estádio Municipal do Porto, jogo que será arbitrado por João Gonçalves, da associação de futebol do Porto.