Walter, antigo avançado do FC Porto, concedeu esta quinta-feira uma extensa entrevista ao portal brasileiro Globo Esporte, na qual recordou a passagem ao serviço dos portista.
O avançado, agora com 35 anos, chegou aos portistas em 2010, mas nunca se conseguiu afirmar de dragão ao peito. A ligação ao clube azul e branco manteve-se até 2019, com vários empréstimos pelo meio.
"O meu maior arrependimento da carreira foi ter pedido para sair do FC Porto. Os portugueses são vingativos. Queriam-me lá e eu pedi para sair. Eles falaram: 'Se saíres, não voltas'. Não é atoa que fiquei com nove anos de contrato no FC Porto. O meu contrato acabou em 2019, assinei em 2010. E não voltei, mesmo a arrebentar aqui no Brasil. Não quiseram", começou por dizer Walter.
"Todo o mundo quer ser jogador, mas não é fácil. Sai de casa cedo, deixa a família. Tem pressão, 'cobrança', saudade. Eu digo aos meninos: estudem para não serem passados para trás. Eu fui para Portugal e não sabia nem o que era a moeda, o euro. Perdi muito dinheiro com 'tangas' de empresário. Venda para lá, para cá. O dinheiro vivia na empresa dele. Quando abri os olhos, aí já era tarde. Diz que a venda foi um valor, depois vai ver, é outro. Você precisa ter gente boa e de confiança ao seu lado", prosseguiu.
Walter, que disse ter estado perto de trocar o FC Porto pelo Flamengo, falou ainda sobre as críticas de que vem sendo alvo por causa do excesso de peso.
"Alguns comentários da imprensa, a questionar o meu peso, incomodam-me. Julguem-me pelo desempenho. Vinha sempre a questão do peso. O Ronaldo falava: 'Cada golo que fazemos, são 5kg a menos. Quando jogava mal, eram 10 a mais'. Essas coisas incomodavam-me, mas procurava não ouvir. Em Curitiba, é mais difícil manter o peso por causa do frio. Imagina acordar às sete da manhã. Não vai, irmão (risos)… Nos clubes até vai, mas por conta? Não vai. Goiânia, naquele calor, é bem mais fácil", finalizou Walter, que tem contrato com o Rolim de Moura.
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