"Tendo em conta os resultados da avaliação técnica, a candidatura da Arábia Saudita recebeu uma pontuação média de 4.2 em cinco", pode ler-se no relatório.
A nota média, a mesma que recebeu a candidatura Portugal, Espanha e Marrocos ao Mundial2030, permite que seja recomendada para aprovação no Congresso FIFA e Conselho FIFA, última etapa para a atribuição oficial do campeonato do mundo.
Apesar da nota elevada, nota o documento, a candidatura envolverá "tempo e esforços significativos" em matéria de direitos humanos, cuja estratégia delineada necessita ainda de implementação e melhorias.
"A FIFA reconhece os esforços substanciais que foram colocados nas propostas relacionadas com este tema, bem como os compromissos concretos da candidatura e das partes envolvidas. Estes serão fundacionais para que a FIFA e os parceiros locais trabalhem para desenvolver sistemas que respondam a riscos associados com o torneio", acrescenta.
Notando o ritmo de evolução e "bom potencial" neste tema, o documento considera importante que a Arábia Saudita aproveite "oportunidades significativas para o impacto positivo em direitos humanos", notando as medidas de mitigação nesta área, já em marcha, quanto aos trabalhadores envolvidos na construção das infraestruturas.
Na avaliação de risco, quase todos os parâmetros têm a nota "baixo", com "médio" nos estádios, hotelaria, transportes, direitos humanos e o 'timing' do evento.
No que toca à calendarização desta fase final, a candidatura não fixou uma janela de datas, abrindo a porta a que possa realizar fora do verão saudita, em que o documento estima temperaturas que podem exceder os 40 graus, à semelhança de Qatar2022, realizado no inverno.
A FIFA nota ainda a ambição na construção de infraestruturas planeamento envolvidos no torneio, agendado para daqui a uma década, como exemplo de uma "visão única, inovadora e ambiciosa para o próximo século de Mundiais", depois de 1930-2030.
"A proposta é muito forte em termos globais, o que se reflete na avaliação técnica. (...) A área que requer, obviamente, atenção devida é a avaliação de riscos de direitos humanos associados", reforça o relatório.
Os elogios à proposta ambiciosa inspiram "um grau elevado de confiança" no seu sucesso, ainda que seja sugerido um acompanhamento próximo, em matérias como os direitos humanos ou a extensa construção, para que o plano seja "completamente realizado".
Com cinco cidades anfitriãs propostas, incluindo 15 estádios, um acima do mínimo requerido, fica desde já definido que o jogo de abertura e a final serão no futuro Estádio Internacional Rei Salman, a ser construído em Riade.