Flecha ao leão vira boomerang no coração. As notas do AVS-Benfica

Encarnados tiveram o jogo na mão, mas não contaram com um adversário capaz de 'renascer das cinzas' e marcar, nos instantes finais, o golo do empate.

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© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
16/12/2024 07:49 ‧ há 2 horas por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Análise

O Benfica terminou a 14.ª jornada da I Liga sabendo de antemão que, aconteça o que acontecer, na quinta-feira, no jogo em atraso da oitava ronda, perante o Nacional, não terá como 'roubar' a liderança ao Sporting, fruto do empate a uma bola concedido na visita ao AVS.

 

Um encontro que não começou da melhor maneira para os encarnados, que viram os homens da casa ameaçar o golo por duas vezes. Primeiro, por intermédio de John Mercado, que acertou mal na bola, após um erro de António Silva, e, depois por Zé Luís, que, de cabeça, fez a bola passar a centímetros da baliza.

Ainda assim, os homens de Bruno Lage recusaram deixar-se afetar. Na resposta, Zeki Amdouni atirou um 'penálti em andamento' para as mãos de Simão Bertelli, para, logo aos 17 minutos, desferir o remate colocado que inaugurou o marcador.

Um lance que teve o condão de 'despertar' as águias, que partiram para uma exibição 'mandona', repleta de dinâmica na frente, perante uma formação que se deixou 'secar' por completo, incapaz de sair, sequer, da própria grande área.

Ainda assim, os minutos foram passando, e o golo da tranquilidade foi tardando, apesar das inúmeras oportunidades para tal. Já no segundo tempo, o AVS começou a acreditar que seria possível, afinal, levar algo deste jogo, e começou, aos poucos, a 'galgar' metros no terreno.

Já com Nenê em campo, no lugar do lesionado Zé Luís, o cenário começou a 'apertar'. Aos 63 minutos, o 'veterano' desferiu um violento remate, que esbarrou nas mãos de Anatoliy Trubin, e, aos 66, cabeceou ao poste, para deixar Bruno Lage à beira de um ataque de nervos.

O 'desastre' parecia inevitável, e acabou mesmo por concretizar-se... no último lance da partida, já quatro minutos depois dos 90, quando um cabeceamento certeiro de Cristian Devenish quebrou a resistência e selou o resultado final.

Feitas as contas, antes de colocar o calendário em dia, o Benfica é segundo classificado, com 32 pontos, menos quatro do que o líder, o Sporting. O AVS, por seu lado, junta-se, provisoriamente, a Estrela da Amadora e Nacional no 13.º lugar, com 12 pontos.

Figura

Se o Benfica não saiu derrotado da Vila das Aves, em muito o deve a Anatoliy Trubin, que, particularmente no segundo tempo, defendeu tudo o que estava ao seu alcance, com exceção, claro está, do cabeceamento decisivo de Cristian Devenish, aos 90+4 minutos, contra o qual nunca poderia, no entanto, nada fazer.

Surpresa

É incrível a diferença que Nenê continua a fazer, mesmo aos 41 anos de idade. O avançado brasileiro entrou à beira do apito para o intervalo, e, já no segundo tempo, deu outra dimensão ao ataque do AVS, ao ponto de ter ficado muito perto de marcar, não fosse, primeiro, o poste, e, depois, as mãos de Anatoliy Trubin.

Desilusão

Mais uma oportunidade desperdiçada por parte de Arthur Cabral. Rodeado da mobilidade dada por Kerem Akturkoglou e Zeki Amdouni, o avançado brasileiro pareceu estar completamente alheado, pelo que os jogos vão passando e vai ficando cada vez mais evidente que não é solução, apesar dos 'defeitos' de Vangelis Pavlidis.

Treinadores

Daniel Ramos: O AVS começou por adotar uma postura ousada, procurando explorar, sobretudo, os espaços nas costas de Alexander Bah e Jan-Niklas Beste, o que lhe permitiu ameaçar o golo por duas vezes. O golo retirou-lhe vigor, mas a entrada de Nenê 'ressuscitou-o' rumo a um empate... que até podia ter sido vitória.

Bruno Lage: Um 'downfall' inexplicável por parte do Benfica, que, apesar das várias mudanças no onze inicial, pareceu ter o jogo totalmente na mão, após uma primeira parte de grande dinâmica. Na segunda, o rendimento caiu a pique, e só mesmo graças a Anatoly Trubin não saiu derrotado.

Árbitro

João Gonçalves adotou um critério disciplinar largo, tão largo que, aqui e ali, chegou a ser levado aos limites, nomeadamente, num dos últimos lances antes do apito para o intervalo, quando um pontapé de Cristian Devenish nas costas de Kerem Akturgoklou escapou com um mero cartão amarelo. Já no segundo tempo, ficou na retina uma potencial grande penalidade não assinalada por agarrão de Jan-Niklas Beste a Vasco Lopes.

Leia Também: Amdouni combina com Akturkoglu e coloca o Benfica na frente

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