Os relatórios do árbitro e do delegado do polémico encontro da 14.ª jornada da I Liga, que terminou com uma vitória do FC Porto sobre o Estrela da Amadora, por 2-0, não apontam qualquer facto condenável aos primeiros, apesar da confusão denunciada pelos segundos.
De acordo com a edição desta quarta-feira do jornal O Jogo, o juiz, Miguel Nogueira escreveu que falava com "o jogador número 77 [Danilo Veiga] e o delegado, Sr. Dinis Manuel Nunes Delgado", quando André Villas-Boas, "em tom exaltado e repetidamente proferiu as palavras aos dois elementos da equipa B 'Saiam daqui, esta não é a p*** da vossa casa'".
O presidente dos dragões, pode ler-se, acompanhou, de seguida, "a equipa de arbitragem ao acesso do balneário", sem menção aos "empurrões" relatados pelo treinador do emblema tricolor, José Faria, na conferência de imprensa que se seguiu ao apito final.
Já o delegado da Liga, João Damásio, referiu que "André Villas-Boas disse 'O que é que se passa? Não é expulsão? Ide para a vossa casa'. ARD's e elementos das duas equipas, com exceção dos jogadores do FC Porto, que permaneciam no relvado, regressavam aos balneários e gerou-se uma confusão, com troca de palavras mais exaltadas, sem que fosse possível identificar os elementos que provocaram a alteração".
"O Sr. Comandante informou que, relativamente à situação ocorrida após o final do jogo, na zona de acesso aos balneários, do que lhe foi transmitido e da observação das imagens, sem som, não resulta nenhum facto grave", completa.
Leia Também: Villas-Boas gritou "vão para vossa casa" no túnel, diz vice do Estrela