Concluída a primeira volta, é tempo de comparar como estão as equipas da elite do futebol português em relação à conclusão da primeira metade da temporada passada, sendo de realçar que, no que toca aos três ditos 'grandes', apenas um fez mais pontos.

Não foi o caso do Sporting, que, apesar de repetir o título de campeão de inverno, fez menos dois pontos (descendo de 43 para 41), numa época em que já leva três lideranças técnicas distintas. Ao cabo da 11.ª jornada, Ruben Amorim saiu para o Manchester United - com 11 triunfos - e seguiram-se apenas mais oito pontos somados em seis jogos, 'divididos' entre João Pereira e Rui Borges.

Foi, sim, o caso do FC Porto, que até teve a oportunidade de 'roubar' o título de campeão de inverno ao seu rival, mas vacilou frente ao Nacional (2-0), no passado domingo. Ainda assim, a equipa de Vítor Bruno não só saltou da terceira para a segunda posição, como fez mais dois pontos (subindo de 38 para 40) do que a turma anteriormente liderada por Sérgio Conceição.

Já o Benfica deparou-se com uma queda ainda maior do que o Sporting, dado que fez menos quatro pontos (descendo de 42 para 38), sendo que tal cenário poderia ter sido evitado face às derrotas nas duas últimas jornadas, diante de Sporting (1-0) e Sporting de Braga (1-2). Vale a pena referir que Roger Schmidt foi quem iniciou a época na Luz, tendo sido responsável pela perda de cinco pontos nas primeiras quatro rondas, até que foi rendido por Bruno Lage.

Fora do pódio, há outros crescimentos e quedas que saltam à vista. Pela positiva, destacam-se os casos de Casa Pia (+5) e Rio Ave (+5), aos quais se acrescentam apenas os exemplos de Gil Vicente (+3) e Estoril (+1), sendo que nenhuma equipa repetiu a pontuação da época passada.

Já pela negativa, Vitória SC e Boavista registaram as maiores quebras (-8), seguindo-se logo o Farense e o Moreirense (-7). Para além dessas quedas acentuadas, há ainda a realçar outras quedas mais ligeiras: Sporting de Braga (-2), Famalicão (-2), Estrela da Amadora (-2) e Arouca (-1).

Certo é que o campeonato vai a meio e, como tal, tudo pode mudar, mas os números da primeira volta não mentem e mostram as grandes discrepâncias por comparação ao que se verificava há um ano. O que nos reserva a segunda volta? Em maio saberemos melhor.

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