Andriy Shevchenko, histórico jogador do AC Milan, concedeu, na sexta-feira, uma extensa entrevista ao jornal La Stampa, na qual lamentou a saída de Paulo Fonseca e falou daquelas que foram as mudanças trazidas por Sérgio Conceição para o clube de Milão.
"Sei algumas coisas, como adepto do Milan. Tenho pena de [Paulo] Fonseca. Conheço-o, é um homem de grande justiça e valores. Aqui, na Ucrânia, fez um bom trabalho e creio que também deixou o Milan com a ideia do seu trabalho. Penso que fez o seu melhor para resolver problemas que não foram causados por ele e que ainda lá estão. Algo não funcionou e a página foi virada, vamos olhar em frente. Espero que a reviravolta ajude", começou por dizer o antigo avançado ucraniano, falando ainda da chegada de Sérgio Conceição aos rossoneri.
"Conceição na Supertaça deu uma injeção de energia, mas falta continuidade ao AC Milan. Cada treinador tem a sua própria abordagem. O facto é que o futebol é simples, pelo menos tudo o que o rodeia é simples. A caminhada no jogo não é aceitável, se jogas em Milão a pressão está sempre presente e só deves querer o que tens à tua frente. No AC Milan, no Inter, na Juve, tens a atenção, o melhor contexto, o estádio cheio à tua espera. O que é que se pode querer mais? É uma beleza absoluta", prosseguiu.
Rafael Leão não escapou ao crivo de Shevchenko, que criticou o avançado português.
"Se o Leão quer ser um jogador importante e marcar a história do Milan, tem de dar muito mais. A qualidade é indiscutível, mas ele não é um líder. Pode tornar-se um líder se assumir a responsabilidade, mas a questão é: será que ele quer?", finalizou.
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