Raphael Varane concedeu, esta quinta-feira, uma extensa entrevista ao portal The Athletic, na qual quebrou o silêncio sobre a passagem de Erik Ten Hag pelo Manchester United. O antigo futebolista apontou o dedo neerlandês, acusando-o de instituir uma cultura de medo.
"Ten Hag? É difícil encontrar as palavras certas. Por vezes, era muito tenso. Por vezes, esforçava-se por ouvir as reacções dos jogadores. Por vezes, tomava decisões sem ouvir os sentimentos dos jogadores. Houve altos e baixos. Por vezes, era complicado. Tivemos uma grande discussão. Dissemos algumas verdades um ao outro, mas depois não joguei durante quase dois meses", começou por dizer Varane.
"Disse que não concordava com certas maneiras de fazer as coisas no que diz respeito à relação entre ele e a equipa. Não era algo que eu considerasse bom para a equipa, porque alguns jogadores não estavam nada satisfeitos. Não foi bom em termos da relação com o treinador. Ele disse ‘OK, ouvi o que disseste’ e depois disso não joguei", prosseguiu.
"Talvez quisesse ganhar respeito através do medo. Precisou sempre de um exemplo de um jogador que esteve sozinho durante todo o tempo em que esteve no Manchester. Fez isso com pelo menos um jogador importante da equipa. Estava sempre em conflito com certos líderes do grupo. É essa a sua forma de gerir. Fiquei surpreendido por ele ter ficado [após a última época]. A ligação com a equipa já não existia", finalizou.
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