Erik Ten Hag concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao podcast SEG Stories, na qual quebrou o silêncio pela primeira vez desde que foi despedido do Manchester United no passado mês de outubro, tendo sido substituído por Ruben Amorim.
O técnico neerlandês garantiu que não deverá treinar nenhuma equipa até final da presente temporada e assumiu ter saudades de Old Trafford.
"Já tomei esta decisão, disse a mim mesmo: 'Ok, não vou fazer mais nada até ao dia 1 de julho'. Se há uma coisa de que sinto saudades é de Old Trafford. Uma pessoa trabalha sempre em prol de algo no horizonte, mas nunca lá chegas. Tivemos muitos altos, mas há sempre espaço para melhorias e ser bom nunca é suficiente. Tens de fazer melhor do que isso", afirmou o antigo treinador do Manchester United.
"Tivemos muitos momentos altos no Manchester United, mas como digo sempre: há sempre espaço para melhorar. O bom não é suficiente. Gostei muito. O futebol inglês, os adeptos... Já o disse antes, os adeptos são tão empenhados no clube, tão leais ao clube, tão dedicados e tão leais à equipa, ao nosso pessoal, a mim como treinador. Só posso estar grato por isso. Também lhes demos algo. Demos-lhes dois prémios, depois de seis anos de seca. Fui apreciado e sempre senti isso quando andei pelas ruas de Manchester", vincou.
Ten Hag referiu ainda que os jogadores de futebol da atualidade têm dificuldade para lidar com as críticas e que sua geração tinha "uma pele muito mais dura".
"A atual geração geralmente tem dificuldade para lidar com as críticas. As críticas afetam-nos. A geração em que cresci tinha uma pele muito mais dura. Podia-se ser muito mais direto. Dirigiam-se a mim de uma forma muito mais direta. Se eu fizesse isso com o meu grupo atual de jogadores, desmotivava-os e consideram-no ofensivo. Com esta geração, escolhe-se palavras diferentes e uma abordagem diferente", finalizou.
Leia Também: Raphael Varane ataca Erik Ten Hag: "Estava sempre em conflito"