O Benfica confirmou o bom momento de forma que vive e garantiu, na noite de quarta-feira, o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal. Um golo de Vangelis Pavlidis ainda na primeira parte bastou para os encarnados fazerem a festa no fim dos 90 minutos.
Ainda assim, o Benfica podia ter saído desta partida com uma vitória mais folgada. Com uma primeira parte de grande qualidade, as águias criaram oportunidades de golo suficientes para chegarem ao intervalo com a eliminatória decidida. Com algumas poupanças em relação ao jogo com o Boavista, os encarnados aproveitaram um desinspirado Sporting de Braga, especialmente no ataque, para criar muito perigo junto da baliza contrária.
Ainda assim, Hornicek foi evitando enquanto pôde o golo de um Benfica que se agigantou na primeira parte. Ainda assim, o checo foi incapaz de deter o mais recente goleador das águias. Numa jogada desenhada pela esquerda aos 39 minutos, Dahl descobriu Pavlidis à entrada da área e o grego, após dominar a bola, desferiu um potente remate, sem hipóteses para Hornicek.
Na segunda etapa, e apesar da curta vantagem encarnada, o encontro tornou-se algo descaracterizado, de menor ritmo. Uma situação que acabou por beneficiar o Benfica, que esteve perto de ampliar a vantagem através de Schjelderup. Os encarnados acabaram por segurar o golo trazido da primeira metade.
Segue-se agora um reencontro com o surpreendente Tirsense, do Campeonato de Portugal. Na única presença desta equipa nortenha nesta fase adiantada da competição, foram os encarnados que os eliminaram, em 1971/72. Agora, há novo duplo duelo. A primeira mão da meia-final agendada prevista para 2 de abril, em Santo Tirso, e a segunda para 23 do mesmo mês, em casa do Benfica.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
De patinho feio a preferido dos adeptos. Se no início da temporada não estava no topo das escolhas dos apoiantes do Benfica pela falta de golos, Vangelis Pavlidis tornou-se o 'ganha-pão' dos encarnados. Nos últimos dez jogos, o grego leva 11 golos. Na noite de ontem, voltou a destacar-se pela grande intrusão no trabalho coletivo.
Surpresa
Se o Sporting de Braga sai com uma derrota pela margem mínima da Luz, muito o deve a Lukas Hornicek. Chamado a render Matheus Magalhães, que rumou ao Ajax, o jovem checo brindou os adeptos dos minhotos com uma exibição quase irrepreensível. Adiou ao máximo o golo do Benfica, com um par de defesas fantásticas, e só não evitou o remate certeiro de Pavlidis.
Desilusão
Paulo Oliveira 'borrou' a pintura no lance que deu origem ao golo de Pavlidis. Pressionado por Bruma, o experiente central acabou por colocar a bola nos pés de Dahl. O sueco assistiu Pavlidis e este, com espaço para rematar, não facilitou.
Treinadores
Bruno Lage
O Benfica fez uma primeira parte quase exímia, até mandona. Pressionou o adversário, criou vários lances de perigo e só pegou na eficácia na primeira parte. Lage foi inteligente a controlar a curta vantagem trazida da primeira parte, até quando o Sporting de Braga podia ter causado alguma mossa na etapa complementar.
Carlos Carvalhal
Onde esteve ontem na Luz aquele Sporting de Braga que veio a Lisboa vencer para a I Liga? Os minhotos estiveram longe dessa exibição e quase nem criaram perigo junto da baliza de Samuel Soares. Safou-se o cabeceamento de Racic que passou rente ao poste ainda na primeira parte. Equipa esteve muito descaracterizada.
Arbitragem
João Pinheiro não protagonizou nenhum erro que afetasse verdadeiramente a partida, ainda que não tivesse apresentado um critério coerente ao longo dos 90 minutos.
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