Dan Burn está a viver uma semana para não mais esquecer, visto que, três dias após ter sido chamado, pela primeira vez, à principal seleção inglesa, com 32 anos de idade, ajudou o Newcastle a conquistar aquele que foi o primeiro título em 70 anos.
O defesa-central marcou o golo que abriu caminho à vitória dos magpies sobre o Liverpool, em pleno Wembley Stadium, por 1-2, consolidando-se, desta maneira, como uma das maiores histórias de superação de que há memória, no futebol inglês, dadas as dificuldades por que passou, ao longo da vida.
O jogador natural de Blyth sofreu o primeiro 'dissabor', no Natal de 2003, quando tinha apenas 11 anos de idade e foi dispensado, precisamente, das camadas jovens do Newcastle. Na altura, não fez o suficiente para convencer... enquanto guarda-redes.
Apenas três anos depois, o azar voltou a 'bater-lhe à porta'. Desta feita, por culpa de um anel, ficou com um dedo da mão direita preso numa vedação, enquanto a escalava, tendo, inclusive, sido necessário amputá-lo.
Ainda assim, Dan Burn recusou 'atirar a toalha ao chão'. Recuperou, foi recrutado pelo Darlington, e acabou por chamar a atenção do Fulham. Seguiram-se passagens por Yeovil Town, Birmingham City, Wigan e Brighton, até que, em 2022, regressou a St. James' Park.
"Já tive semanas piores! Não quero ir dormir, porque sinto que estou a sonhar. Sabia que o Alexis [Mac Allister] não estava a olhar, por isso, consegui saltar mais alto do que ele. Assim que cabeceei a bola, sabia que ia entrar", afirmou, após o duelo com o Liverpool.
"Não marco muitos golos, por isso, pelo menos, guardei este para uma grande ocasião. Sinto-me estranho, neste momento. É difícil colocá-lo em palavras", completou, em declarações prestadas à estação televisiva britânica Sky Sports.
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