Portugal pecou e agora terá de se redimir. A seleção nacional não evitou a derrota frente à Dinamarca (1-0), esta quinta-feira, numa deslocação até Copenhaga que ficou marcada por uma exibição do pior que já se viu nos últimos tempos. A salvação na Liga das Nações está dependente de uma remontada em Alvalade.

É certo que o guarda-redes Diogo ainda carregou Portugal 'às Costas', mas numa altura em que a Depressão Martinho tem atingido fortemente o território nacional, eis que a 'Depressão Martínez' imperou no meio do frio.

Os dedos de uma mão não chegavam para contar as oportunidades da Dinamarca na primeira parte, valendo a grande exibição do guardião do FC Porto, que ainda defendeu uma grande penalidade cobrada por Christian Eriksen (24'), com 'dedo' de Cristiano Ronaldo.. Lá na frente faltava inspiração ofensiva... e nem o próprio CR7 escapou.

Diogo Costa travou penálti com ajuda de Cristiano Ronaldo? Eis as imagens

Guarda-redes do FC Porto foi imperial a anular o remate potente de Eriksen, no Dinamarca-Portugal.

Notícias ao Minuto | 20:23 - 20/03/2025

A primeira parte lusa tinha sido má, mas a segunda não foi melhor. As substituições de Roberto Martínez ainda pioraram o cenário, com as entradas de Nélson Semedo, Rúben Neves e Gonçalo Inácio a gerar pouca ou nenhuma compreensão, atendendo ao contexto, levando mesmo o selecionador nacional a considerar que esta foi a "pior exibição dos últimos dois anos".

Já dentro do último quarto de hora, Rasmus Hojlund correspondeu à confiança que lhe foi depositada a partir do banco e apontou o golo decisivo, aos 78 minutos, 'castigando' Portugal, de forma justa, com o célebre 'Siii' nas 'barbas' de Cristiano Ronaldo, durante as comemorações.

Recorde-se que a segunda mão dos 'quartos' está agendada para este domingo, em Alvalade, onde a seleção nacional terá de rubricar uma exibição completamente oposta e, claro, uma remontada para chegar à final four da Liga das Nações.

Vamos então às notas da partida

Figura

Diogo Costa teve, seguramente, uma das noites mais atarefadas da carreira com a camisola da seleção nacional. Arrancou o jogo com belas defesas, travou ainda a grande penalidade de Christian Eriksen e parecia um autêntico muro face a cada investida nórdica, direcionada à baliza lusa. Nada pôde fazer no único lance do encontro, mas isso não apaga a forma como carregou Portugal... às 'Costas'.

Surpresa

Rasmus Hojlund saltou do banco para decidir. A dupla substituição de Brian Riemer 'trocou as voltas' à defesa portuguesa e, aproveitando o passe de Skov Olsen, o avançado do Manchester United, de Ruben Amorim, alcançou o estatuto de 'Cavaleiro da Dinamarca', em referência à mítica obra de Sophia de Mello Breyner, Além disso, ainda 'provocou' CR7 com o seu mítico festejo.

Desilusão

Cristiano Ronaldo é um dos melhores jogadores do mundo. É inquestionável. No entanto, a exibição não correu de feição ao avançado madeirense, que foi facilmente anulado pelo setor defensivo nórdico, tendo apenas 'assustado' com um cabeceamento algo tímido. Como capitão, foi um exemplo na hora de incentivar Diogo Costa a defender o penálti. Há, claro, a crença de que a resposta (à altura) seja dada em Alvalade.

Treinadores

Brian Riemer chegou à seleção da Dinamarca há menos de meio ano e, ao terceiro jogo, alcançou a sua primeira vitória, numa exibição em que a sua equipa foi amplamente superior a Portugal. Para além das várias oportunidades no primeiro tempo, a segunda parte não foi muito distinta e ainda acertou na dupla substituição que construiu o golo do triunfo.

Roberto Martínez apostou na titularidade de João Neves e Vitinha, dupla que tem encantado no PSG, mas a exibição coletiva da seleção foi para esquecer. Ou para aprender. Com apenas dois remates enquadrados com a baliza em todo o jogo, o selecionador nacional ainda 'pecou' na abordagem ao jogo, com substituições de cariz defensivo, que acabaram mesmo por penalizar a equipa das quinas.

Árbitro

Irfan Peljto protagonizou uma arbitragem segura e sem casos polémicos. Perentório a apontar a grande penalidade cometida por Renato Veiga, o árbitro bósnio foi coerente no critério disciplinar e puxou do cartão apenas por duas ocasiões, ambas para portugueses - sendo que não foi a nenhum dos dez jogadores 'à bica'.

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