A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) emitiu um comunicado, esta terça-feira, a reagir às buscas da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito e um processo de investigação que "envolve a investigação de negócios relativos a anteriores mandatos", entre 2016 e 2020, confessando-se "surpreendida" com a intervenção das autoridades na sua sede.
O organismo que tutela o futebol português garante que "irá até às últimas consequências face a qualquer prática ilícita ou criminal que venha a ser apurada", mostrando-se "totalmente inflexível na defesa dos interesses da instituição", em que se constituirá como "assistente em todo e qualquer processos que lesem os interesses patrimoniais e/ou reputacionais da FPF".
De referir que, de acordo com o mandato de busca, tal deve-se por "suspeitas de corrupção ativa, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada”.
O Ministério Público também confirmou as buscas "em vários locais do país, designadamente em instalações da Federação Portuguesa de Futebol" e que no "inquérito investigam-se factos relacionados com a alienação da antiga sede da FPF".
De referir ainda que Fernando Gomes, antecessor de Pedro Proença e novo presidente do Comité Olímpico de Portugal, não é constituído arguido, bem como Tiago Craveiro, ex-CEO da FPF, na operação 'Mais-Valia'.
Leia o comunicado na íntegra
"A Direção da Federação Portuguesa de Futebol foi surpreendida com a realização de buscas na sua sede por parte de elementos da Polícia Judiciária, no âmbito de um processo que envolve a investigação de negócios relativos a anteriores mandatos, nomeadamente aos anos entre 2016 e 2020, 'por factualidade suscetível de integrar crimes de corrupção ativa, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada', segundo o mandado de busca e apreensão.
A Federação Portuguesa de Futebol será totalmente inflexível na defesa dos interesses da instituição e intensificará as medidas de auditoria entretanto iniciadas pela consultora internacional PWC no passado dia 17 de março e constituir-se-á assistente em todo e qualquer processos que lesem os interesses patrimoniais e/ou reputacionais da FPF.
A Federação Portuguesa de Futebol irá até às últimas consequências face a qualquer prática ilícita ou criminal que venha a ser apurada e agirá de forma absolutamente intransigente relativamente a todas e quaisquer pessoas que tenham lesado os seus interesses".
[Notícia atualizada às 18h00]
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