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Quaresma, o 'histórico' que alimenta a ilusão ao Dragão
De proscrito a imprescindível, Ricardo Quaresma chega ao decisivo clássico como uma das grandes armas do FC Porto para o duelo futebolístico com o Benfica, mercê da sua genialidade, experiência e o encarnar do 'espírito' do Dragão.
© DR
Desporto Benfica Porto
Em época atípica para si, o treinador Julen Lopetegui até começou a época dando-lhe a braçadeira de 'capitão', mas logo o deixou fora da equipa em vários jogos, o que deteriorou a relação entre ambos, face ao temperamento do português, um dos poucos 'históricos' do plantel.
Quaresma atravessou um deserto competitivo, chegou a falar-se na sua cedência, mas a ausência de Brahimi na CAN e a lesão de Tello devolveram-lhe o espaço na equipa, que aproveitou com futebol vistoso e assertivo, coroado com um conjunto de ações decisivas, como o 'bis' ao Bayern Munique (3-1). na Liga dos Campeões.
Depois de marcar a Estoril, Rio Ave e aos alemães de Pep Guardiola, Ricardo Quaresma chega à Luz como o grande impulsionador do futebol ofensivo dos 'dragões', mesmo que a referência principal continue a ser o inevitável Jackson Martinez.
Quaresma transpira confiança, pois tem sido muito importante a marcar, assistir e a trabalhar mais para a equipa, parecendo distantes da imagem de individualismo que sempre transpareceu do seu futebol.
"Acho que já toda a gente reparou nisso...", confessou recentemente, assumindo que, aos 31 anos, se tornou um jogador diferente e que atravessa o melhor momento da época: "Quando a confiança aparece, o talento vem ao de cima".
Menos individualista e sem tantos 'rodriguinhos' inconsequentes, Quaresma tornou-se um jogador mais completo, mantendo a sua capacidade de drible e imprevisibilidade no ataque, juntando-lhe esforço defensivo, maior rigor tático e mais útil à equipa, com quem joga mais.
Apareceu quando foi preciso e, depois do afastamento dos portistas da Liga dos Campeões, com 'estrondo', em Munique (6-1), Quaresma volta a carregar as esperanças da equipa, obrigada a vencer na Luz para manter realmente vivo o sonho de recuperar o título ao rival.
Esta época, e além de ser o grande 'amigo' de Jackson Martinez em termos de assistências, leva seis golos no campeonato, mas quer mais, se possível já domingo, frente ao seu rival favorito.
"Os golos mais importantes da minha carreira foram todos aqueles que marquei contra o Benfica", disse, há pouco mais de um mês, numa sessão de perguntas e respostas promovida pela UEFA, ele que até já marcou na Luz, num triunfo portista por 1-0, na 12.ª ronda do campeonato de 2007/08.
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