POUPANÇA NO MINUTO
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"A partir de hoje, logicamente, já não depende de mim"
Depois de um empate, em casa, frente ao Rio Ave, o treinador do FC Porto disse-se com capacidade para continuar à frente da equipa, mas abriu porta à saída.
© Global Imagens
Desporto Julen Lopetegui
O FC Porto concedeu esta quarta-feira um empate, em casa, frente ao Rio Ave. Na zona de entrevistas rápidas, o treinador Julen Lopetegui deu a entender que a equipa vive um momento de intranquilidade e que sentiu muito o golo do adversário.
Questionado diretamente sobre se sente o lugar em perigo, Lopetegui disse que a continuidade no comando técnico do FC Porto não depende dele, mas afirmou-se com vontade para continuar.
“A explicação para este resultado, depois de ter estado a vencer na primeira parte, com vários lances de perigo, [é que] encaixamos um golo com algum azar e [saímos com] um resultado difícil de entender. É o futebol, temos de aceitá-lo. Na segunda parte, estivemos na área do Rio Ave quase todo o tempo, mas não tivemos nem clarividência nem tranquilidade para chegar ao golo. No final, quando rematas tanto e depois sofres um golo, o futebol castiga-te”, começou por analisar.
“À medida que o tempo passava íamos tendo menos tranquilidade. Tentámos chegar à frente, mas no final faltou-nos clarividência. Tivemos muitos ataques e cantos, mas isso não é suficiente para ganhar. Queríamos voltar às vitórias, era muito importante, mas não conseguimos. Temos de nos levantar e olhar já para a próxima partida no fim-de-semana”, explicou.
“Fizemos uma boa primeira, entrámos com muita ambição e ritmo alto. O futebol anda a castigar-nos muito. O golo do Rio Ave pesou muito nos jogadores. Temos de afrontar o que vem aí e conscientes de que temos de ganhar o próximo jogo”, continuou Lopetegui.
“Sou treinador, o principal responsável, sou o responsável por estes maus resultados, nunca pelos bons, porque a profissão é assim e temos de aceitá-lo, e só me cabe ajudar os jogadores para que cresçam e tenha tranquilidade”, justicou-se, falando depois sobre uma possível saída.
“A partir de hoje, logicamente, já não depende de mim. Tenho muito respeito pelo presidente. Eu tenho forças para continuar e preparar o próximo jogo. São momentos duros e difíceis, que temos de supera-los. Virar as costas aos problemas de nada serve. Os adeptos estiveram fantasticamente bem. Temos de agradecer-lhe e dizer-lhes que estamos tão ou mais tristes que eles. Temos de melhorar para lhes dar alegrias”, concluiu.
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