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"No Nacional dei um passo atrás para conseguir dar dois em frente"
Em declarações ao Desporto ao Minuto, Salvador Agra mostra-se confiante na manutenção do Nacional na I Liga e admite que a juventude o 'traiu' quando assinou pelo Bétis.
© DR GlobalImagens
Desporto Salvador Agra
Embora o Nacional esteja a realizar uma temporada bem diferente daquela a que habituou os espetadores do futebol português, há um atleta que se tem destacado. Depois de assinar pelo Bétis, em 2012, Salvador Agra passou por quatro períodos de cedência – a Siena, Académica e, por duas vezes, ao Sporting de Braga – e, em entrevista ao Desporto ao Minuto, explica o que o levou a assinar pelo emblema insular.
“Por vezes temos de pensar em nós mesmos. Não estava bem comigo mesmo em dizer que estava no Sporting de Braga, aqui e ali, se não jogava. Tive de dar um passo atrás para ver se consigo dar dois em frente. Estou feliz aqui, as coisas estão a correr bem, a equipa tem-me ajudado e só estou focado em ajudar o Nacional”, começou por dizer.
O internacional sub-21 português admite que a transferência para o Bétis, com apenas 21 anos, não foi fácil, mas que os tempos mais complicados estão ultrapassados e o Nacional “é o clube certo” para se afirmar em pleno.
“Fui muito novo para Espanha. Cheguei à I Liga e, passado um ano, assinei pelo Bétis. Foi tudo muito rápido, era miúdo, estava lá sozinho, num país e num campeonato diferente…”, referiu, apontando que a cedência aos italianos do Siena acabou por não ser a mais correta.
“Precipitei-me um bocado quando tomei a decisão de sair para Itália a meio da temporada. Podia ter esperado mais um bocado e ter ficado até ao final no clube. Mas foram decisões minhas, não estou arrependido e isso já faz parte do passado. Agora tenho de olhar para a frente. Penso que vão acontecer coisas boas. Confio em mim, nas pessoas que estão comigo e nas decisões que tomo”, reforçou.
Agora, aos 24 anos, Salvador Agra é já ‘pedra basilar’ na equipa de Manuel Machado, e nem a temporada abaixo das expetativas o desmotiva nos seus objetivos: “Nem passava pela cabeça de qualquer jogador não lutar até ao fim para não descer. Sabemos a qualidade que temos, sabemos utilizar bem as nossas armas e, principalmente, sabemos que jogar no nosso estádio não é fácil para ninguém”.
“O campeonato está mais competitivo, e, além disso, não foi fácil construir quase metade da equipa de novo. Do nosso lote de jogadores, quase metade são novos. Também existiram mudanças a meio do campeonato… Mas penso que, neste momento, estamos numa boa fase e vamos dar uma boa resposta”, terminou.
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