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"FC Porto? Vitória e Jesus também começaram por baixo e estão no auge"

Há um vermelho e verde que ostenta a bandeira de Portugal fora do nosso país. Nos arredores de Paris, sempre que se escuta o nome do US Lusitanos, o que fica a ecoar no ouvido é um Portugal com sotaque, mas com uma alma que nunca esquece este cantinho à beira-mar plantado. O seu treinador é um nome bem conhecido dos portugueses e que este sábado é entrevistado pelo Desporto ao Minuto.

Notícias ao Minuto

09:30 - 07/05/16 por Paulo Rocha

Desporto Carlos Secretário

Fundado por portugueses, o US Lusitanos de Saint-Maur encontra-se nos campeonatos amadores, mas sonha com voos altos. Por isso mesmo, entregou a responsabilidade a quem conhece cada fio de relva como se fosse uma parte de si. É sua, e de toda a comunidade lusa radicada em França, cada vitória, que parece ter um gostinho especial não fosse este um ‘pequeno Portugal’ a fazer valer-se além-fronteiras.

O Desporto ao Minuto foi falar com Carlos Secretário, antigo futebolista de FC Porto, Real Madrid e da Seleção de todos nós, e ficou a saber que o clube mais português de França vive dias felizes guiado por um ex-jogador que faz questão de recriar o orgulho luso mesmo no centro do Velho Continente.

Como surgiu o convite do US Lusitanos?

Aconteceu por intermédio de um amigo que me colocou essa possibilidade de vir treinar para França e, depois de discutir todos os pormenores, condições de trabalho e o projeto em si, acabei por aceitar.

Conta com sete portugueses no plantel e com representantes dos PALOP, casos de Brasil, S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Eles foram essenciais na sua integração num país que não conhecia?

A questão de ter jogadores com qualidade e de me ajudarem na minha adaptação foi importante. Alguns portugueses e outros jogadores de língua portuguesa já cá estão há muito tempo e foram uma excelente ajuda que contribuiu para que a minha adaptação fosse mais rápida.  

É um clube muito ligado à comunidade portuguesa?

Sim, foi fundado por portugueses. O presidente, Artur Machado, já cá está há cinco/seis anos. E toda a direção é portuguesa, tem muitos jogadores portugueses e outros jogadores de língua oficial portuguesa, como é o Brasil, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e outros que são filhos de portugueses que já nasceram cá. No fundo, é um clube que gira à volta daquilo que são os portugueses [emigrados] aqui em Paris. Certamente que por eu ser português teve algum peso, devido ao meu passado como jogador e como treinador. Todos esses factores foram determinantes.

O US Lusitanos tem vindo a subir de forma e, nesta reta final, ocupa o 3.º lugar. A quatro jornadas do final do campeonato, o objetivo ainda é ser campeão?

O objetivo é subir de divisão, sabendo que o Lusitanos subiu de divisão na época passada. Numa divisão acima, as coisas tornam-se mais difíceis, mas estamos dentro do objetivo. Ainda faltam quatro jogos, estamos no 3.º lugar, a um ponto do 2.º [n.d.r.: Lille B] e a dois pontos do 1.º [n.d.r.: Grande Synthe]. Nestes quatro jogos está tudo em aberto. Se tudo correr dentro da normalidade, destas três equipas subirão duas.

O objetivo pessoal com esta aventura é qual?

No início vim um pouco às escuras. Fiquei muito contente com as condições que encontrei em termos de campos, material, jogadores, equipa, direção e estou muito satisfeito. Adaptei-me bem a uma realidade e a uma cultura diferentes. Também vim com a intenção de aprender, para melhorar a minha condição como treinador e abrir outras portas em divisões superiores.

Sonha com o regresso a Portugal?

Não tenho o futuro traçado, até porque tenho mais um ano de contrato e tudo indica que o irei cumprir. Depois não sei o que irá acontecer.

Faz parte do seu sonho vir a treinar o FC Porto?

O que faz parte do meu sonho é subir na carreira como treinador, aprender e, quem sabe um dia, chegar a patamares mais altos. Vejamos que os dois rivais do FC Porto, Benfica e Sporting, têm dois treinadores que começaram a treinar em equipas de escalões inferiores, tanto o Jorge Jesus como o Rui Vitória. E hoje estão no auge do campeonato português. Estão os dois a lutar pelo título e são considerados excelentes treinadores. Vou lutar para que o futuro me reserve alguma coisa. Há treinadores que começam nos patamares mais baixos. Eu comecei por baixo e vamos ver se um dia consigo chegar a patamares mais altos.

Carlos Secretário recordou o FC Porto de Mourinho para falar do atual momento mau do clube. Além disso, ainda manifestou grande esperança na prestação de Portugal no Europeu de França.

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