POUPANÇA NO MINUTO
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Benfiquistas felizes por Jesus ter visto título por um canudo em Braga
Felizes pelo "tri" e ainda mais felizes por ter sido em Braga que Jorge Jesus "viu o título por um canudo", centenas de adeptos do Benfica saíram hoje à rua naquela cidade minhota para festejar a vitória no campeonato.
© Reuters
Desporto Campeão
"Este é um título que tem um sabor muito, muito especial, nunca desejei tanto que o Benfica fosse campeão. E tudo por causa da léria, da arrogância e da ingratidão do [Jorge] Jesus", referiu Paulo Ferreira, à Lusa.
Este adepto do Benfica regozijou-se ainda pelo facto de ter sido em Braga que Jorge Jesus disse adeus ao título.
"Infelizmente, não posso dizer que ele viu Braga por um canudo, porque o Sporting veio aqui ganhar, e logo por 4-0. Mas estou muito feliz por poder dizer que foi em Braga que ele viu o título por um canudo", acrescentou.
Jorge Jesus foi treinador do Benfica nas duas épocas anteriores, mas entretanto transferiu-se para o Sporting.
Apesar de ser adepto do Benfica "desde que nasceu", Paulo, de 60 anos, confessou que já não se lembrava do ano em que o clube da Luz tinha festejado pela última vez o tricampeonato.
"Já foi há tanto tempo? Penso que foi em 1960 e tal, não foi?", atirou.
O Benfica já não era tricampeão há 39 anos, pelo que o título de hoje teve um cunho revivalista para os adeptos mais velhos e um sabor inédito para os mais jovens.
"Este título, para mim, vale por 10", dizia Mário Gonçalves, de 71 anos, confessando que "nunca mais" perdoará a Jesus a forma como saiu do Benfica e a "guerra" que alimentou ao longo desta época com o clube da Luz.
"Quis cuspir no prato em que comeu e isso não lhe vou perdoar nunca", afirmou.
Críticas e feridas à parte, a festa seguia nas ruas nas ruas de Braga, com buzinões e cânticos dos adeptos, naquele que alguém classificou como uma espécie de "ensaio geral" para os festejos de S. João.
Feliz da vida estava também uma vendedora de cachecóis do "Benfica Tricampeão", que num ápice faturou 150 euros.
Tinha 30 cachecóis para vender, a 5 euros cada um e ficou sem mercadoria num abrir de fechar de olhos.
"Para o ano, trago o dobro, pelo menos", assegurava.
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