Análise: Era difícil, mas o FC Porto provou que não há missões impossíveis. Esta terça-feira, os ‘dragões’ foram à capital italiana vencer a Roma por 3-0.
Num Olímpico de Roma longe de estar cheio, o FC Porto não poderia pedir um melhor início para delírio dos cerca de 200 adeptos ‘azuis e brancos’ presentes nas bancadas.
Com uma entrada na partida, que colocou desde cedo a Roma em sentido, foi através de um livre cobrado de forma exímia por Otávio, que Felipe, logo aos oito minutos, foi às alturas fazer o primeiro golo do FC Porto e desta forma colocar os ‘dragões’ em vantagem no playoff.
A Roma foi imediatamente atrás do prejuízo, mas o FC Porto não se encostou. A equipa de Nuno Espírito Santo continuou arisca e à procura de atacar. O meio-campo portista foi fundamental na primeira parte: aos poucos foi crescendo e ia conseguindo encontrar espaços dados pelos jogadores da formação romana.
A defender, o FC Porto utilizava um 4x1x4x1 que se ia mostrando eficaz perante as investidas da Roma, que ia tendo dificuldades em assustar Casillas. No único lance mais perigoso, que o espanhol teve de intervir no primeiro tempo, fez uma grande defesa a evitar o golo do adversário.
Expulsões deitaram por terra aspirações romanas
O FC Porto, apesar de mais defensivo, tendo em conta o contexto do jogo, ia controlando e antes dos 40 minutos viu a Roma ficar reduzida a 10 jogadores, depois de De Rossi ver o cartão vermelho direto por uma entrada impetuosa sobre Maxi Pereira.
Por incrível que pareça, a segunda parte começou praticamente como acabou a primeira… Com uma expulsão. Emerson Palmieri, que tinha entrado para dar estabilidade à equipa, depois de De Rossi ter visto o cartão vermelho, recebeu também ele ordem de expulsão, após uma entrada bastante dura sobre Corona.
Contra nove jogadores, o FC Porto foi controlando a partida e partiu em busca do golo que daria tranquilidade à equipa. Golo esse que chegou aos 73 minutos, por intermédio de Layún, que substituiu o lesionado Maxi, ainda na primeira parte. Num lance rápido de contra ataque, o lateral mexicano ultrapassou Szczesny e fez o 2-0 para a equipa portuguesa.
A Roma tentou respirar, mas nem isso conseguiu. Corona, dois minutos depois do tento de Layún, fez o terceiro dos ‘azuis e brancos’ e carimbou em definitivo a passagem do FC Porto à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Momento do jogo: Destacamos não um, mas dois momentos, visto terem existido… duas expulsões. Com o resultado em 1-0, à Roma bastava mais um golo para empatar a eliminatória e, indiscutivelmente, as expulsões de De Rossi e de Emerson retiraram poder de ataque à formação orientada por Luciano Spalleti.
Onze inicial do FC Porto: Casillas, Maxi, Marcano, Felipe e Alex Telles; Danilo, André André, Herrera; Corona, Otávio e André Silva.
Onze da Roma: Szczesny, Peres, Manolas, De Rossi, Juan; Nainggolan, Paredes, Strootman; Salah, Dzeko, Perroti.
Antevisão: Depois de um empate a uma bola no Dragão, o FC Porto tem uma difícil missão pela frente. Os ‘dragões’ precisam obrigatoriamente de marcar na capital italiana, na 2.ª mão do playoff de acesso à Liga dos Campeões, frente à Roma.
Este é um dos jogos mais importantes da época, uma vez que pode permitir um encaixe bastante importante para os ‘dragões’: São no total 14 milhões de euros que o FC Porto recebe, caso entre para a liga milionária.
E qual será a receita de Nuno Espírito Santo para sair vitorioso de Itália? O técnico explicou.
“Não nos rendemos. Vamos ter um FC Porto comprometido e cooperativo. Só sendo uma verdadeira equipa conseguiremos o nosso objetivo, que é única e exclusivamente estar na fase de grupos da Liga dos Campeões. Um FC Porto determinado a competir”, disse o técnico, na antevisão a este encontro.
O planeamento da época dos ‘azuis e brancos’ pode estar dependente deste jogo, que poderá acompanhar aqui, em detalhe, no Desporto ao Minuto, a partir das 19h45.