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Jesus completa puzzle sem peça mestra e sai da Amoreira com três pontos

Sporting conseguiu superar a ausência do capitão Adrien e bateu o Estoril por 2-0, encurtando, provisoriamente, a distância para o FC Porto para seis pontos.

Jesus completa puzzle sem peça mestra e sai da Amoreira com três pontos

Sem margem de erro na luta pelos dois primeiros lugares do campeonato, o Sporting visitou o Estoril e conquistou a terceira vitória consecutiva.

Bryan Ruiz abriu o marcador aos 22 minutos e, já perto do apito final, Bas Dost fez o 2-0 final e consolidou a liderança da tabela dos melhores marcadores da I Liga, agora com 18 golos.

“Sem Adrien não será a mesma coisa”. E não foi

Confirmou-se o aviso de Jorge Jesus na véspera. Sem Adrien, não foi, definitivamente, a mesma coisa. O treinador apostou numa dupla de meio-campo formada por João Palhinha (mais recuado) e William Carvalho (na posição do capitão) para fazer face à ausência, por lesão, do habitual dono do lugar, mas as diferenças foram notórias.

Os níveis de intensidade baixaram drasticamente, especialmente no que à prestação com bola diz respeito. William Carvalho cumpriu o que lhe foi pedido, mas não tem, de todo, caraterísticas para vestir a pele de Adrien.

O internacional português mostrou o rigor defensivo que lhe é caraterístico, mas nunca se mostrou capaz de desequilibrar o jogo, pese embora alguns bons passes longos. Já Palhinha, esteve bem a defender e (demasiado) corajoso a progredir com bola a partir de posições de risco, o que lhe valeu alguns ‘raspanetes’ de Jorge Jesus.

Se o Sporting se mostrou demasiado lento a colocar a bola em posições avançadas, o Estoril denotou maior destreza de processos, embora com uma exagerada previsibilidade. De uma forma ou outra, os homens da casa acabavam por colocar a bola em Licá, que foi alterando entre boas iniciativas individuais e tomadas de decisão incompreensíveis.

Resultado: um jogo equilibrado, com duas equipas encaixadas uma na outra, a proporcionar uma tarde de futebol tudo menos agradável.

Bryan Ruiz a marcar, Bas Dost a falhar. Sim, leu bem

Eficácia e Bas Dost têm sido como que palavras companheiras desde o início da temporada. Na Amoreira, o segundo divorciou-se da primeira, mas o mesmo não sucedeu com a equipa às ordens de Jorge Jesus.

Isto porque, da primeira vez que foi capaz de criar um desequilibro, o Sporting acabou por chegar à vantagem. Alan Ruiz – que assinou mais uma boa exibição – rompeu pelo lado direito e cruzou a bola para Schelotto, que atirou torto para a baliza. Valeu o desvio certeiro de Bryan Ruiz – ele que tem visto a eficácia abandoná-lo tanta vez – a empurrar para o fundo da baliza à guarda de Luís Ribeiro.

A partir do golo, aos 22 minutos, os leões – com especial ênfase para Gelson Martins – conseguiram soltar-se e (finalmente) o jogo animou. O jovem prodígio abriu o livro e ‘inventou’ ocasiões de perigo para Bas Dost e William Carvalho, que não foram capazes de fazer o golo.

Se a primeira parte foi fraca, o que dizer da segunda?

Ao intervalo, Pedro Carmona fez entrar Kléber para o lugar de Bruno Gomes, parecendo dar o sinal de que queria um Estoril mais ofensivo. Mas o oposto sucedeu. A equipa fechou-se ainda mais, deixando o avançado brasileiro demasiado sozinho na frente.

O jogo ficou (ainda) pior do que na primeira parte e a bola, talvez aborrecida com a forma como estava a ser tratada ripostou. Bas Dost e Gelson dispuseram de oportunidades soberanas para marcar, mas, quando todos se preparavam para fazer a festa, o esférico acabou por sair ao lado. Talvez em jeito de redenção, lá acabou por entrar novamente na baliza aos 86 minutos, quando Bas Dost concretizou uma grande penalidade.

A jogar bem ou mal, a verdade é que o Sporting sai da Amoreira com preciosos três pontos, que ajudam a pressionar o FC Porto para o dérbi da Invicta, diante do Boavista. Já o Estoril, permanece no 15.º lugar.

Momento do jogo: Num jogo tão mal jogado, resta destacar o golo que abriu caminho ao triunfo do Sporting. Alan Ruiz voltou a mostrar-se determinante, ao romper a defesa canarinha. Bryan Ruiz limitou-se a corrigir o caminho da bola e a reencontrar-se com os golos.

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