Após a reunião do Conselho Diretivo, Bruno de Carvalho marcou presença na sala de conferências António Artur Agostinho e explicou aos 300 sócios presentes o que aconteceu na polémica Assembleia Geral, no passado sábado.

"Ninguém abandonou AG nenhuma. Retirei os pontos e fui-me embora. Porque ser ofendido em casa, por amor de deus. Calma. Não me interessa aos outros. Nunca ofendi ninguém. Disse o que tinha para dizer nos meus três minutinhos da tanga, que era quase só dizer o meu nome. E pronto. Em três minutos, uma pessoa não pode dizer nada de especial. O Sporting não é uma brincadeira. As pessoas dizem as coisas de forma gratuita e não pensam nas consequências. Eu disse-vos que estive para não me candidatar e as pessoas acham que isto é tudo mentira, porque eu preciso, porque me agrada imenso. Interessa-me a minha liberdade e não a tenho. No entanto, vocês pedem a vossa. Eu não tenho nenhuma. Eu não tenho nenhuma liberdade. Agora são os sportinguistas que me vão retirar o direito de apresentar as minhas propostas", referiu o líder máximo do emblema verde e branco.

"As pessoas têm que ser livres, não têm que ser libertinas. Têm que estar à vontade, não têm que estar à vontadinha. Pessoas a filmar dentro das AG e a passarem para a comunicação social. Pessoas a passarem cartas que em vez de mandarem para a SAD mandam para os jornais. Disse-vos 50 vezes que quando quiserem vou-me embora. Disse-vos mil vezes. Tenho que fazer aquilo que acho em conjunto com o órgão executivo. Amplo debate e as pessoas irem à AG e debater, não mandar bocas. Só não percebe quem não quer", prosseguiu.

Bruno de Carvalho voltou a tocar no tema das divisões a nível interno, destacando que dentro do clube sempre houve "grupos, grupinhos e grupetes".

"Isto que se anda a passar no Sporting, passa-se há quase 112 anos. Esta coisa dos grupos, grupinhos e grupetes, é desde que nascemos. Desde que nascemos. Sinceramente, digo-vos: o mais importante para mim acabou por não ser discutido na AG. Eu ia falar de cada um dos nomes que publiquei e um a um dizer o porquê. Eu nem consegui falar dos estatutos, quanto mais disto. Eu pedi isso. Continuamos aqui com a brincadeira da sensibilidade. O Sporting está acima de todos nós, óbivo. É outro chavão. Quem faz um bom serviço ao Sporting tem de ser protegido. Mas eu pedi para alguém ser meu? Eu pedi a uma pessoa e aceitou. E casámos. Agora 'Sou do Sporitng, não sou do Bruno'... Nós não temos mérito? 'Passam os dirigentes, e o clube fica', fica mas no estado que se vê", disparou.