Lucro dos CTT cai 48% para 5,4 milhões de euros no 1.º trimestre
O lucro dos CTT caiu quase metade (48,2%) no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2017, para 5,4 milhões de euros, anunciaram hoje os Correios de Portugal.
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Economia Correios
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT adiantam que os rendimentos operacionais se mantiveram no mesmo nível que nos primeiros três meses de 2017, nos 176,9 milhões de euros, "resultado do crescimento das áreas de negócio Expresso e Encomendas (que inclui a incorporação da Transporta) e Banco CTT, que compensaram o decréscimo verificado nas áreas de Correio e Serviços Financeiros".
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) reportado diminuiu 26% para 18,4 milhões de euros, enquanto o recorrente decresceu 18,9% para 22,7 milhões de euros, no período em análise.
De acordo com os CTT, o EBITDA recorrente registou uma queda de 5,3 milhões de euros que é "justificada maioritariamente por existência de menos dois dias úteis", o que "implica impacto de comparabilidade negativo de rendimento no Correio", já que a Páscoa este ano ocorreu num período diferente de 2017, "impacto do aumento de preços de 2018, maior que o de 2017, não se faz sentir no primeiro trimestre de 2018, e "serviços financeiros", com menos 4,4 milhões de euros.
O Plano de Transformação Operacional, que arrancou no primeiro trimestre deste ano, "está a superar as projeções iniciais, tendo já contribuído positivamente para a estrutura da despesa", referem os CTT.
"Os gastos operacionais recorrentes [no decurso do plano] são positivamente impactados no correio e outros (-0,5%), que representam 66,4% de todos os gastos, e nos serviços financeiros (-17,3%), em resultado do decréscimo de atividade", adiantam.
Os rendimentos operacionais da área de negócio de Correio caíram 0,8% para 136 milhões de euros, o que "reflete sobretudo a quebra do tráfego do correio endereçado [-9,1% para 185,2 milhões de euros], atenuada pela evolução positiva do 'mix' de produtos (crescimento do tráfego do correio internacional de chegada) e pelo aumento de 6,2% da receita média por objeto, apesar da atualização de preços de 2018 ter ocorrido a partir do início" do ano.
Sem o efeito de menos dois dias úteis neste trimestre, a quebra do tráfego no correio endereçado teria sido de 6,1%, perto do valor estimado pelos CTT.
O tráfego do correio internacional de chegada registou "um acentuado crescimento (18,7%) devido a um maior volume de tráfego originado na Ásia (em particular na China relacionado com o 'e-commerce' [comércio eletrónico]", adiantam.
O tráfego do correio registado diminuiu 7,2%, o do correio editorial decresceu 9,5% e o publicitário endereçado reduziu-se 16,1%.
Já o segmento Expresso e Encomendas registou rendimentos operacionais de 36,5 milhões de euros, mais 21,8% que um ano antes.
Os rendimentos operacionais dos Serviços Financeiros caíram 37% no trimestre, para 9,8 milhões de euros, o que "resulta sobretudo do decréscimo dos rendimentos dos produtos de poupança".
No trimestre, o investimento do grupo situou-se nos cinco milhões de euros, mais 162,7% que um ano antes, sendo que o Banco CTT teve um investimento associado de 2,3 milhões de euros, no sistema 'core' do banco e nos seus sistemas de apoio ao negócio, e o investimento em obras de renovação de edifícios (1,3 milhões de euros), assim como o investimento em sistemas de informação (1,1 milhões de euros), com especial foco na continuidade da mudança de plataforma SAP, sistemas de suporte ao negócio de comércio eletrónico e pagamentos.
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