A execução em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) registou, até maio, um défice global de 2.225 milhões de euros, representando um acréscimo de 1.592 milhões de euros face ao período homólogo. Em causa estão "efeitos transitórios" causados pelo reembolso de impostos, como do IVA e IRS.
"O comportamento da receita encontra-se significativamente influenciado por efeitos transitórios na receita fiscal. Corrigidos esses efeitos, a execução da receita acompanhou a evolução favorável da atividade económica e do emprego", pode ler-se num comunicado enviado pelo gabinete do Ministério das Finanças às redações.
De acordo com a tutela, esta quebra da receita está relacionada com o aumento do montante a reembolso do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e do Imposto sobre os Rendimentos de Pessoas Singulares (IRS), bem como "pelo adiamento na entrega do modelo 22 do IRC de maio para junho".
Porém, salienta o Ministério, a "maior parte destes efeitos dissipar-se-á nos próximos meses". Até porque, refere, uma vez "corrigidos os fatores especiais que influenciam a execução em contas públicas", a evolução encontra-se "em linha com a melhoria prevista em contas nacionais inscrita no Orçamento do Estado 2018".
O comunicado do gabinete do Ministério das Finanças surge antes de ser publicado o boletim da Direção-Geral do Orçamento (DGO) com mais informação, tal como é habitual. Ainda assim, saliente-se, estes números são na ótica de caixa ou contabilidade pública, sendo que os dados em contabilidade nacional são os que importam para Bruxelas.
[Notícia atualizada com mais informação às 15h55]