Crescimento económico abranda na zona euro em julho
O crescimento económico na zona euro abrandou em julho, após a uma ligeira subida em junho, influenciado pela queda das expectativas sobre a evolução do comércio internacional, segundo o índice compósito dos gestores de compras (PMI) hoje divulgado.
© Getty Images
Economia Markit
Este indicador fixou-se nos 54,3 pontos em julho, abaixo dos 54,9 pontos do mês anterior, o que correspondeu ao segundo valor mais baixo desde novembro de 2016, refere o relatório da IHS Markit.
O economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, considerou que a desaceleração foi "uma deceção, confirmando as suspeitas de que a recuperação de junho foi temporária", especialmente porque as empresas de alguns países compensaram o número de feriados que em maio foi excecionalmente elevado.
Segundo Chris Williamson, as preocupações sobre uma guerra comercial "intensificaram-se nitidamente" no mês de julho, pelo que este receio está a ter consequências no crescimento das exportações, afetando negativamente a indústria.
Em sentido contrário observa-se uma melhoria das condições internas em diversos Estados-membros da zona euro, que está a sustentar o setor dos serviços, apesar de, mesmo assim, haver um abrandamento do indicador da atividade comercial deste setor (54,4 em julho, contra 55,2 em junho), para mínimos de há um ano e meio.
Mas, segundo o economista-chefe, "a grande questão" que se põe é a de saber se o aumento da procura interna será capaz de compensar o impacto negativo que uma escalada da guerra comercial poderá ter nas exportações.
"Para já, a saúde da procura interna parece encorajadoramente robusta, mas qualquer pressão ao nível dos riscos comerciais noutros setores será uma questão-chave num cenário já de si nubloso", salientou o economista.
No caso da Alemanha observou-se uma aceleração do crescimento económico, enquanto que em relação à França verificou-se uma desaceleração e nos restantes países o desempenho económico foi o mais fraco dos últimos 21 meses.
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