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Maioria do emprego criado teve remuneração acima do salário mínimo

O número de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional (SMN) aumentou para cerca de 764,2 mil em março, mais 4,2% face ao período homólogo, avançou o Ministério do Trabalho.

Maioria do emprego criado teve remuneração acima do salário mínimo

A maioria do emprego criado no 1.º trimestre de 2018 teve uma remuneração superior ao valor do salário mínimo nacional, que foi atualizado para 580 euros no arranque deste ano, de acordo com o Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Garantida, divulgado na terça-feira.

“No 1.º trimestre de 2018, apenas 36,9 mil dos 146,4 mil empregos criados apresentam remuneração permanente igual a 580 euros”, pode ler-se no relatório. Isto significa que o contributo do crescimento do emprego com remuneração permanente igual à Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) baixou para “25,2% no 1.º trimestre de 2018”, segundo o mesmo relatório.

Em termos de comparação homóloga, nos primeiros três meses de 2017 o peso do crescimento do emprego com remuneração permanente igual à RMMG era de 73,9%, o que significa que na altura a maior parte do emprego criado tinha uma remuneração igual ao salário mínimo, diferente do que acontece atualmente.

“A comparação do crescimento homólogo do emprego em termos globais e do emprego com remuneração permanente igual à RMMG (...) sugere uma tendência continuada de melhoria do padrão remuneratório a partir do 4.º trimestre de 2016, quando o emprego remunerado pela RMMG começa a crescer abaixo do emprego total”, pode ler-se no relatório divulgado pelo Governo.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reforçou, também na terça-feira, em Lisboa, que a evolução do salário mínimo tem sido acompanhada por uma “forte criação” de emprego. Vieira da Silva salientou também que os restantes escalões remuneratórios também evoluíram positivamente.

Mulheres continuam a ganhar menos

Tanto ao nível da remuneração mensal base como do ganho mensal, as mulheres continuam a arrecadar uma remuneração mais baixa do que os homens, segundo o mesmo relatório, que contém informação até 2016. Ainda assim, a disparidade salarial de género reduziu-se nesse mesmo ano.

“Verifica-se ainda que, tanto para a remuneração mensal base como para o ganho, as mulheres têm tido salários inferiores aos homens, embora esta diferença se tenha reduzido no último ano para o qual existe informação: em 2016, a disparidade salarial de género ao nível da remuneração mensal base foi de 15,8% (é menor em cerca de 0,9 p.p. face ao ano anterior) e de 19,1% ao nível do ganho mensal (-0,8 p.p. do que ano anterior)”, pode ler-se.

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