"A ideia é modificarmos este espaço para deixarmos de ter infraestruturas nómadas, com tendas arrendadas, e entrarmos numa fase de infraestruturas fixas e ordenadas", disse à Lusa Lourenço Sambo.
Aquele responsável falava durante o dia de Portugal na FACIM, num evento em que foi assinado o protocolo que prevê que Portugal apoie Moçambique na construção de uma infraestrutura fixa em Maracuene, província de Maputo.
A área, que acolhe anualmente a feira, tem um total de 70 hectares e está situada a quase 30 quilómetros do centro de Maputo.
"Queremos trazer um espaço bem idealizado e devidamente organizado para começarmos a projetar o desenvolvimento, tomando a experiência de organização de parques portugueses", observou Lourenço Sambo.
Também o presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), Jorge Rocha de Matos, entende que a ideia é positiva, considerando que, além da FACIM, a ideia é também criar infraestruturas de base em outros polos comerciais do país.
"O que pretendemos fazer aqui é um polo de desenvolvimento que possa criar para Moçambique mais riqueza e ter uma oferta de infraestruturas que seja mais adequada para os empresários", observou Jorge Rocha de Matos.
O projeto ainda não tem datas nem orçamentos, mas as partes querem que até a próxima edição da FACIM "as mudanças comecem a ser notadas".
Além do protocolo para edificação de infraestruturas de base na FACIM, as partes assinaram outro documento, cujo objetivo é garantir que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) partilhe, no geral, a sua experiência com a Apiex para o desenvolvimento e organização de parques comerciais ao longo do país.
A 54.ª edição da FACIM arrancou na segunda-feira e decorre até domingo, com o lema "Moçambique e o mundo: alargando o mercado, potenciando investimentos, promovendo parcerias".
O evento é organizado pela APIEX, que espera acolher este ano cerca de dois mil expositores e mais de 160 mil visitantes de 20 países.