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Mercado prevê que PIB do Brasil não deverá ter crescido no 2.º trimestre

Instituições financeiras e analistas preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre, cujos indicadores oficiais serão divulgados hoje, terá estagnado, desempenho influenciado pela greve dos camionistas.

Mercado prevê que PIB do Brasil não deverá ter crescido no 2.º trimestre
Notícias ao Minuto

06:37 - 31/08/18 por Lusa

Economia Estimativa

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje os indicadores do Produto Interno Bruto brasileiro do segundo semestre de 2018, mas um relatório do banco Santander, com projeções macroeconómicas publicado a 23 de agosto, adiantava uma previsão de crescimento de toda a riqueza produzida no Brasil (PIB) de 0,2% entre abril e junho, face aos três meses anteriores, e uma subida de 1,2% face ao período homólogo de 2017.

"Devemos lembrar que nossa expectativa pré-paralisação [dos camionistas] estava em +0,8%, isto é, prevíamos uma aceleração expressiva do crescimento doméstico em relação aos primeiros três meses do ano, quando o PIB cresceu 0,4%", destacou o boletim do Santander.

Já André Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli, avaliou que o PIB no segundo trimestre deverá recuar 0,2%, face ao período entre janeiro e março.

"A atividade económica tanto da indústria quanto dos serviços [do Brasil] caíram em relação ao primeiro trimestre do ano como pudemos ver nos relatórios mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por isto, acredito que haverá uma queda de 0,2% do PIB", justificou.

O mesmo analista disse que a greve dos camionistas também deve impactar o PIB brasileiro no segundo trimestre, mas avaliou que o peso maior para explicar o fraco desempenho tem relação com a a indústria e os serviços - excluindo o comércio que teve leve alta -, que têm maior peso na economia do país.

De janeiro a março o PIB brasileiro cresceu 0,4% na comparação com o último trimestre de 2017 e 1,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2017, segundo os dados oficiais divulgados IBGE.

Embora as avaliações de instituições financeiras apontem um desempenho fraco, elas têm expectativa mais otimistas do que as informações divulgados até agora pelo Banco Central.

No dia 15 de agosto, o Banco Central brasileiro informou que a atividade económica do país, medida pelo indicador IBC-Br, recuou 0,99% de abril a junho em comparação com os meses de janeiro a março.

Com a economia do maior país da América do Sul caminhando num ritmo mais lento do que o previsto, o Governo brasileiro também reduziu suas previsões de crescimento para 2018 de 2,5% para 1,6%, no último mês de julho.

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