Vendas de casas crescem quase 20% nos primeiros seis meses
A venda de casas em Portugal cresceu 19,8% no primeiro semestre, na comparação homóloga, para 86.335 alojamentos, informou hoje o Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
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Economia APEMIP
Segundo um comunicado, as transações nos primeiros seis meses do ano traduziram valores de venda de cerca de 11,6 mil milhões de euros, um crescimento de 30,5% face ao primeiro semestre de 2017.
Os dados divulgados em comunicado destacam a evolução das casas usadas, já que os seus valores de venda ultrapassaram os nove mil milhões de euros, um aumento de 33,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Neste cenário, o presidente da APEMIP, Luís Lima, citado em comunicado, notou que o "mercado de usados é cada vez mais importante no setor, uma vez que nos últimos anos a construção nova foi muito escassa".
"A grande maioria do stock imobiliário existente é de usados, havendo necessidade de haver uma renovação do mesmo, sobretudo nas principais cidades como Lisboa ou Porto, que apresentam escassez de oferta face à procura existente", acrescentou o responsável.
Sobre o segundo trimestre, a APEMIP divulgou terem sido efetuadas 45.619 transações de alojamentos familiares, um aumento de 12% face ao trimestre anterior e 23,7% em relação ao período homólogo.
As casas usadas totalizaram 38.880 vendas (+24,8%), enquanto as novas assinalaram uma subida de 17,5%, neste período.
Entre abril e junho, o valor das vendas superou os 6,2 mil milhões de euros, mais 34,9% do que em igual período de 2017.
Luís Lima indicou que notícias sobre eventuais alterações no setor, como uma nova taxa ou mexidas no estatuto de residentes não habituais, "causam receio a quem esteja a ponderar investir no imobiliário português.
"Muitas vezes acabam por preferir não arriscar e dirigem o seu investimento para outros países por considerarem que não é seguro investir em Portugal, porque as regras podem mudar a meio do jogo", disse.
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