O Governo propôs, esta sexta-feira, aos sindicatos da Função Pública um aumento no nível mais baixo de remuneração da administração pública de 580 euros para 635 euros. Na prática, os funcionários do Estado, que recebem a remuneração mais baixa, vão passar a receber mais 55 euros.
"Ponderadas as possibilidades e na sequência da auscultação realizada aos sindicatos na reunião anterior, o Governo propôs hoje uma medida que concilia a dimensão financeira, jurídica e política: o aumento da base remuneratória da administração pública, elevando-o para o montante correspondente ao atual 4.º nível remuneratório da Tabela Remuneratória Única (TRU), ou seja, elevar a remuneração mais baixa dos atuais 580 euros para 635 euros", refere o gabinete do Ministério das Finanças num comunicado enviado às redações.
Esta sexta-feira, os sindicatos da função pública foram chamados ao Ministério das Finanças, em Lisboa, para discutir a política de admissões no Estado, mas as estruturas já tinham dito que iriam aproveitar para exigir respostas sobre os aumentos salariais para o próximo ano.
"O Governo considera que esta é uma proposta responsável e socialmente justa, e que respeita as premissas pelas quais tem pautado a sua atuação: não assume compromissos que não pode cumprir, nem compromissos que forcem outros a reverter o caminho sólido que tem sido construído", pode ler-se no comunicado da tutela.
Também esta sexta-feira, na reunião da Concertação Social, o Governo propôs que o valor do salário mínimo nacional seja fixado nos 600 euros a partir de 1 de janeiro de 2019. Atualmente, o salário mínimo nacional é de 580 euros.