O impacto dos cortes para quem acumula duas pensões
O Estado paga, neste momento, cerca de 850 mil pensões de sobrevivência, sendo que os novos cortes nas reformas vão afectar quem recebe a pensão de sobrevivência acumulada com a pensão de velhice. A edição desta terça-feira do Diário Económico sintetiza as implicações que a medida anunciada pelo Executivo terá junto dos visados.
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Economia Reformados
Quem acumula a pensão de velhice com a pensão de sobrevivência irá sofrer mais cortes, sejam os reformados da Caixa Geral de Aposentações, sejam os da Segurança Social.
O Diário Económico lembra que ainda não há patamar definido a partir do qual serão feitos estes ajustes, mas tudo aponta para que se apliquem apenas a pensões acima dos 600 euros.
O valor destas reduções também ainda não foi adiantado pelo Governo, mas a mesma publicação aponta para um corte de 4%, em média, tendo em conta que a despesa com estas pensões é de 2,7 mil milhões de euros e o Executivo espera uma poupança de 100 milhões de euros.
Estas reduções serão aplicadas às pensões actuais e futuras e variam consoante o valor das duas pensões juntas. Ou seja, o valor do corte será definido pelo somatório da pensão de velhice com a pensão de sobrevivência.
A Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), que consiste num corte progressivo para reformas acima dos 1.350 euros, irá manter-se com taxas adicionais para pensões acima dos 5 mil euros e com a possibilidade de mais um corte de até 10%, resultante da convergência da CGA com a Segurança Social.
O Estado paga neste momento cerca de 850 mil pensões de sobrevivência, que consistem numa compensação aos familiares de titulares de pensões de velhice que falecem. A CGA paga 130 mil pensões, no valor médio de 451,57 euros, e a Segurança Social paga 714 mil, com um valor médio de 178 euros mensais.
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