Inflação acumulada o ano passado na Venezuela foi de 1.698.488,2%
A Venezuela registou 1.698.488,2% de inflação acumulada entre janeiro e dezembro de 2018, um valor mais alto que o estimado, anunciou hoje a Assembleia Nacional (parlamento).
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Economia Assembleia Nacional
"O que a 01 de janeiro de 2018 custava um bolívar hoje custa 17 mil bolívares [soberanos]. Temos uma economia 'dolarizada' no consumo, mas os salários dos venezuelanos continuam a ser em bolívares que o Governo emite de forma inorgânica através do Banco Central da Venezuela", disse o deputado Rafael Guzmán.
Durante uma conferência de imprensa em Caracas, o porta-voz da Comissão de Finanças e Desenvolvimento Económico da Assembleia Nacional, controlada pela oposição ao regime do Presidente, Nicolás Maduro, explicou que a inflação acumulada confirma a maior e mais grave crise histórica hiperinflacionária no país.
Rafael Guzmán precisou que a inflação média de dezembro último foi de 141,75% o que equivale a mais de 3% de inflação por dia.
Nesse mês, os alimentos subiram 123%, o transporte 167%, equipamentos para o lar 178%, e os restaurantes e hotéis 197%.
Segundo o parlamento, a Venezuela está entre as três maiores inflações registadas no mundo desde sempre, explicadas pela constante monetização do défice fiscal pelo Banco Central do país e o ataque ao cada vez mais reduzido setor industrial.
Fontes não oficiais dão conta de que organismos internacionais estimam que a Venezuela terá 10.000.000% de inflação em 2019.
O parlamento queixa-se da ausência de dados oficiais, do Banco Central da Venezuela, sobre a inflação, o que levou a Comissão de Finanças e Desenvolvimento Económico daquele organismo a criar um registo para esses dados.
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