CMVM com grupo de trabalho para avaliar riscos e oportunidades no Brexit
A presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou hoje que o supervisor vai disponibilizar uma linha de apoio no âmbito do Brexit e constituir um grupo de trabalho para avaliar os seus riscos e oportunidades.
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Economia Supervisor
"Este é o tempo de nos preocuparmos com o Brexit, mas não começou agora a nossa preparação", afirmou hoje Gabriela Figueiredo Dias, num encontro com jornalistas, no qual adiantou que "a CMVM vai disponibilizar uma linha de apoio no âmbito do Brexit e constituir um grupo de trabalho interno sobre o 'Brexit', para avaliar eventuais impactos e oportunidades".
Preparar Portugal para os desafios da União Europeia, nomeadamente para o Brexit, é uma das prioridades da CMVM para 2019, que foram hoje apresentadas num encontro com jornalistas, na sede do supervisor, em Lisboa.
Neste âmbito, a CMVM disponibilizará uma linha de atendimento dedicada ao tema em português e inglês e constituirá um grupo de acompanhamento técnico da transição pós-Brexit, "para aprofundar a reflexão e ação sobre os riscos e oportunidades da transição", indica o documento em que a CMVM apresenta as suas prioridades para 2019.
Gabriela Figueiredo Dias adiantou que, qualquer que seja a configuração, formato e consequências, "alguma coisa vai acontecer [com a saída do Reino Unido da União Europeia] e temos de estar preparados".
"O impacto nos nossos mercados pode até não ser muito significativo, mas sofreremos os impactos que o Brexit venha a causar noutros mercados", afirmou a responsável, acrescentando que é preciso estarmos atentos aos eventuais "riscos de fragmentação, mas também às oportunidades geradas pela saída do Reino Unido da União Europeia", que "coloca desafios e abre oportunidades, e temos de estar preparados para ambos".
A presidente da CMVM frisou que é importante tomar as medidas necessárias para "aproveitar as oportunidades de trazer entidades do Reino Unido para Portugal", tornando o mercado português mais atrativo para essas entidades.
Nesse sentido, Gabriela Figueiredo Dias frisou que o quadro regulatório do mercado de capitais de Portugal "não pode ser mais oneroso nem mais lento que os quadros regulatórios dos outros países".
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