Trabalhadores da Efacec entregam caderno reivindicativo a pedir aumentos
Os trabalhadores da Efacec, que hoje estiveram reunidos em plenário na empresa, aprovaram um caderno reivindicativo que inclui um pedido de aumentos de 60 euros.
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Economia Plenário
Fonte da Comissão Sindical do grupo explicou à Lusa que na reunião, que contou com 150 funcionários, foi decidido pedir "aumentos de 60 euros, duas pausas de 20 minutos por dia [por oposição às de 10 que agora existem]", bem como a resolução de um "problema com o subsídio de refeição, porque as pessoas que não vão comer à cantina não recebem".
O plenário aprovou ainda "uma moção para a reintegração imediata de todos os trabalhadores que estão no despedimento coletivo", ou seja, 21, que a empresa escolheu para sair.
A mesma fonte revelou também que os trabalhadores estiveram reunidos com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) sobre esta questão, tendo em conta o recurso crescente ao trabalho temporário no grupo, ao mesmo tempo que a Efacec decide avançar com o despedimento coletivo.
O caderno reivindicativo chegará à administração da empresa esta quarta-feira, garantiu a mesma fonte, explicando que os trabalhadores irão pedir uma reunião no prazo de uma semana, para começar as negociações.
Depois disso, a Comissão Sindical quer discutir "uma carta de exigências, mais tarde depois da negociação do caderno", na qual "são exigidas as 35 horas semanais, pagamento de horas extra conforme a contratação coletiva e 25 dias de férias".
Caso as negociações não cheguem a bom porto, os trabalhadores convocarão outro plenário para decidir medidas a adotar, entre as quais está uma possível greve.
Em 10 de maio do ano passado, quando foi anunciado o despedimento coletivo dos 21 trabalhadores da área de transformadores de potência da Efacec, a administração da empresa de Matosinhos disse ter avançado com a medida porque os visados recusaram as "soluções de mobilidade e rescisões por mútuo acordo" que lhes foram propostas.
Esta posição foi reiterada mais tarde pelo presidente executivo da Efacec, Ângelo Ramalho, que em declarações à Lusa afirmou que o despedimento coletivo aconteceu porque "houve pessoas que não quiseram aproveitar as oportunidades que a empresa lhes proporcionou", salientando que a companhia tinha contratado 150 pessoas desde o início do ano, do total de 700 postos suplementares previstos no plano estratégico 2018-2020.
Em outubro, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site Norte) garantia que a Efacec continuava a viver um "clima de instabilidade, pressões e falta de informação".
Acusando a empresa de fomentar a "precarização dos vínculos laborais e a destruição da Efacec como empresa de referência", o sindicato disse estar a apoiar os trabalhadores abrangidos pelo despedimento, que estão a contestar a medida em tribunal.
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