Economia de Moçambique bateu no fundo em 2018 e cresce 3,7% este ano
O gabinete de estudos económicos do banco Standard considerou hoje que a economia de Moçambique bateu no fundo no ano passado, crescendo apenas 3,5%, recuperando para 3,7% e 3,9% neste e no próximo ano.
© Lusa
Economia Standard Bank
"Estimamos que a economia tenha batido no fundo no ano passado, com um crescimento de 3,5%, devido a uma procura interna baixa devido ao diminuto rendimento disponível das famílias", lê-se na nota, que estima em 106,5% o rácio da dívida pública face ao PIB no final do ano passado.
Na análise de janeiro ao andamento das economias da África subsaariana, a que a Lusa teve acesso, o Standard Bank antevê que as duas Decisões Finais de Investimento para os projetos de gás natural liquefeito na bacia do Rovuma façam o crescimento subir para 3,7% este ano e para 3,9% em 2020.
"Não vemos, no entanto, uma aceleração significativa do PIB até que as exportações de gás natural liquefeito comecem, em 2023", apontam os economistas.
O projeto da Anadarko, na Área 1, deverá receber 'luz verde' ainda este semestre, e o projeto liderado pela Exxon-Mobil/ENI deverá receber o 'ok' final na segunda metade do ano, prevê o Standard Bank.
A aprovação destes projetos e o seu início deverá fazer com que a economia dos recursos continue a ser o principal motor da economia e das exportações.
"Com o desenvolvimento dos projetos de gás natural, o domínio dos recursos na economia vai emergir; assim, do ponto de vista do contributo para as exportações, os recursos já dominam, com o carvão a contabilizar 36% do total de bens exportados, segundo os dados de 2017", lê-se na nota.
Assim, como "as reformas estruturais para facilitar a realização de negócios e promover os investimentos fora deste setor continuam lentas, o aumento de recursos vai provavelmente falhar o objetivo de garantir mais crescimento económico inclusivo", concluem os economistas.
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