Centeno pede que não se 'olhe' para a desaceleração como uma crise
Bruxelas reviu em baixa as previsões económicas para este ano para Portugal e para a Zona Euro.
© Reuters
Economia Previsão
O ministro das Finanças português, Mário Centeno, pediu que se deixe de olhar para a desaceleração económica como uma crise, depois de terem sido divulgadas as previsões económicas de primavera, por parte da Comissão Europeia, e que dão conta de uma revisão em baixa as previsões para Portugal e para a Zona Euro.
"Deixem de retratar a desaceleração como uma crise. Os riscos políticos estão a conduzir essa moderação do crescimento", antecipada pelas previsões divulgadas esta quinta-feira, escreveu Centeno na rede social Twitter.
Por isso, diz o ministro português, "está nas nossas mãos mudar a maré e agir para reduzir esses riscos", completou Centeno.
O comentário do ministro português, que tem também responsabilidades como presidente do Eurogrupo, vem no seguimento da revisão em baixa das previsões económicas divulgadas por Bruxelas, tanto para a Zona Euro como para Portugal.
Stop portraying a slowdown as a crisis. Political risks are driving this growth moderation expected by #ECForecasts today. So it is in our hands to turn the tide & act now to reduce these risks.
— Mário Centeno (@mariofcenteno) 7 de fevereiro de 2019
Relativamente ao crescimento de Portugal, a Comissão Europeia prevê agora uma expansão de 1,7%, estando mais pessimista do que o Governo, que antecipa um crescimento de 2,2%.
"A expansão económica deve continuar moderada devido sobretudo a uma contribuição mais fraca das exportações líquidas", indica Bruxelas, acrescentando que "o crescimento no consumo privado deverá diminuir apenas marginalmente, enquanto o investimento deverá acelerar ligeiramente, suportado por uma maior absorção dos fundos da União Europeia".
Em relação à Zona Euro, o executivo comunitário estima que o crescimento do PIB seja de 1,3% este ano e 1,4% em 2020, quando nas anteriores projeções antecipava valores de 1,9% e 1,7%, respetivamente.
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