Rede para veículos elétricos melhor em Macau que em Hong Kong
O presidente da comissão executiva da Companhia Elétrica de Macau (CEM) afirmou hoje que a rede de cobertura de carregamento para veículos eléctricos do território está "muito melhor" que a da vizinha Hong Kong.
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Bernie Leong destacou que recentemente foram instaladas mais 50 estações de carregamento elétrico em Macau e que no território existem agora 172 espaços para carregar este tipo de veículos.
"Estamos muito melhor que Hong Kong" no que diz respeito à cobertura da rede de cobertura de carregamento de veículos elétricos, garantiu, sublinhando que 70% dos parques automóveis públicos disponibilizam carregamentos elétricos.
Já para este ano, o plano global da CEM passa por "otimizar as instalações de carregamento (...) apoiar o Governo no túnel de serviços comuns e promover a implementação de sistemas de geração fotovoltaica ligados à rede", destacou o responsável durante o almoço de primavera da empresa com a imprensa.
Em 2018, segundo o responsável da CEM, o consumo de energia aumentou 2,8% em relação a 2017. Desde 2009, o consumo de energia tem registado um aumento gradual.
Nesse ano, o consumo de energia cifrou-se nos 3.654 GWh, menos 1.884 GWh do que o registado em 2018 (5.528).
Macau continua altamente dependente da energia importada da China, já que aproximadamente 90% da energia é importada do país e apenas 8,6% é criada no território, através da incineração de resíduos de Macau.
A CEM já tinha anunciado a construção central térmica no território, movida a gás natural e prevista para entrar em funcionamento em 2022, e que a longo prazo pretende produzir cerca de 50% da energia consumida em Macau, sendo que a outra metade continuará a ser importada, explicou Bernie Leong.
"Vamos continuar a ser dependentes da China e isso não é necessariamente mau", disse.
O orçamento para o projeto está avaliado entre os 2,7 e os 3 mil milhões de patacas (entre 296 e 328,9 milhões de euros).
O responsável da CEM garantiu ainda que um dos planos para o desenvolvimento do projeto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é a produção de energia verde e de baixo carbono e por isso "a utilização de gás natural e energia renovável deve ser acelerada".
Atualmente, apenas 30% da energia utilizada na área da Grande Baía é de gás natural, mas Pequim ambiciona mais do que duplicar essa percentagem, disse Bernie Leong.
A Grande Baía integra, além das duas regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong, nove cidades da província de Guangdong, Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai.
O objetivo deste projeto é a criação de uma metrópole mundial, numa região com cerca de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares norte-americanos, maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México.
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