"Muito me espantaria se chegássemos ao teto" dos 3,89 mil milhões
O presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, disse hoje que ficaria espantado se o total do valor previsto no mecanismo de capital contingente do Novo Banco, de 3,89 mil milhões de euros, fosse atingido.
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Economia Fundo
"Uma coisa eu tenho como certa: muito me espantaria se chegássemos ao limite do teto", afirmou Luís Máximo dos Santos sobre o total do mecanismo de capital contingente do Novo Banco, de 3,89 mil milhões de euros, durante a sua audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, na Assembleia da República, em Lisboa.
"Acho que vamos ficar aquém e não estou a falar de valores irrisórios", previu o presidente do Fundo de Resolução, acrescentando que "é difícil de quantificar" o valor que não será utilizado.
O responsável pelo Fundo de Resolução, que também é vice-governador do Banco de Portugal, adiantou que esta "é uma declaração perfeitamente coerente" com o que já disse no passado, apesar de admitir que "qualquer juízo que possa ser feito é um juízo temerário, porque há várias circunstâncias que se podem alterar".
Ao abrigo da venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, foi acordado que o banco liderado por António Ramalho poderia recorrer a um mecanismo de capital contingente do Fundo de Resolução, no valor total de 3,89 mil milhões de euros, para cobertura de perdas e cumprimento de rácios de capital da instituição.
Na semana passada, numa audição na mesma comissão parlamentar, um dos responsáveis pela Comissão de Acompanhamento do Novo Banco, José Bracinha Vieira, previu que a totalidade do pedido de injeção de capital ao Fundo de Resolução pode chegar aos 3.000 milhões de euros.
"Com 'call' [pedido ao Fundo de Resolução] adicional chega a 3.000 milhões de euros, é o montante possível, não acreditamos que seja acima disso", disse na última quarta-feira.
Até agora, o Novo Banco pediu 792 milhões de euros ao Fundo de Resolução, em 2017, ao abrigo deste mecanismo, e prepara-se para pedir 1.149 milhões para cobrir os prejuízos do exercício de 2018.
O Fundo de Resolução é uma entidade financiada pelas contribuições dos bancos do sistema (entre os quais o público Caixa Geral de Depósitos), mas está na esfera do Estado (conta para o défice orçamental) e é gerido pelo Banco de Portugal.
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