Os trabalhos começam hoje com um evento paralelo à conferência ministerial, onde especialistas, académicos e associações de empregadores vão discutir o tema "emprego dos licenciados das universidades do Mediterrâneo", nomeadamente o fosso existente entre as competências adquiridas nas universidades e as exigências das empresas.
Na terça-feira dá-se então o início da conferência dos ministros responsáveis pelo Emprego e Trabalho dos 43 Estados-membros da União para o Mediterrâneo, onde estarão a comissária europeia do Emprego, Marianne Thysse, bem como o secretário-geral da União para o Mediterrâneo, Nasser Kamel.
Os participantes da conferência, que será presidida pelo ministro do Trabalho português, Vieira da Silva, vão debater os desafios do mercado de trabalho da região do Mediterrâneo, identificando formas de o tornar inclusivo e acessível a todos, em particular aos jovens e às mulheres, de acordo com uma nota à imprensa.
Segundo disse na segunda-feira passada Vieira da Silva, a conferência terá "dois grandes objetivos", sendo o primeiro a aprovação, na quarta-feira, da declaração conjunta entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE) e os 15 países da margem sul e oriental do Mediterrâneo com as estratégias comuns em termos de mercado de trabalho.
O segundo objetivo, acrescentou o governante, em conferência de imprensa, é "fomentar a cooperação multilateral e bilateral entre os países" da União para o Mediterrâneo, onde se incluem, por exemplo, Marrocos, Tunísia, Albânia, Líbano, Palestina, Turquia, Bósnia ou Israel.
A conferência, que termina na quarta-feira, realiza-se num hotel, em Cascais.
A União para o Mediterrâneo, criada em 2008, é uma organização intergovernamental que reúne os 28 Estados-membros da União Europeia e os 15 países da margem sul e oriental do Mediterrâneo para promover o diálogo e a cooperação, sendo atualmente copresidida pela Comissão Europeia e pela Jordânia.